Há várias formas de perseguição religiosa. Muitas delas acontecem através de métodos sorrateiros, elaborados para constranger, intimidar e também privar o cristão da sua liberdade por direito. É o que está acontecendo com o pastor Sylvester Paulo Mkina, de 45 anos, que mora na Tanzânia, um país localizado na África Oriental.
Mkina foi um muçulmano devoto, profundo conhecedor da doutrina islâmica. Todavia, ao conhecer a Verdade revelada na pessoa de Jesus Cristo como registram os evangelhos da Bíblia, ele se converteu ao cristianismo em 1998. Após estudar a teologia cristã, em 2006 ele foi consagrado pastor.
Desde então Mkina se dedicou à anunciar o evangelho para outros muçulmanos, liderando várias igrejas, algumas fundadas por ele mesmo. Pensando em abrir mais um templo cristão, Mkina comprou um terreno em Mlandizi, no distrito de Kibaha, região de Pwani, ao chefe do vilarejo chamado Sr. Lukas.
Os muçulmanos residentes na região souberam das intenções do pastor Mkina e decidiram armar um complô para impedir que ele conseguisse adquirir o terreno. O então proprietário, Sr. Lukas, negou que havia vendido a propriedade para o pastor. A comunidade islâmica se reuniu e disse que o pastor havia comprado de forma fraudulenta a propriedade, levando o caso para as autoridades judiciais.
Mesmo já com a posse legal do terreno, não adiantou o pastor apresentar os documentos que provavam a sua propriedade. Até mesmo o testemunho de alguns moradores foi ignorado pelos investigadores. O pastor começou uma batalha judicial para provar a sua inocência, já que estava sendo acusado de estelionato.
Em outubro de 2017 o pastor Mkina tentou resolver a situação oferendo pagar uma quantia como fiança, mas o seu pedido foi negado. Com seu caso sendo julgado na região de Nyanyembe, ficou ainda mais claro que a intenção da comunidade muçulmana era realmente prender o pastor.
No final de outubro o pastor Mikina foi condenado a sete anos de prisão. Atualmente ele cumpre a pena na região de Nachingwea, em Lindi. A organização Portas Abertas pede aos irmãos espalhados pelo mundo que orem pelo pastor, que terá outra audiência no próximo dia 19 de abril.