A Missão Christian Solidarity International (CSI) relatou um caso recente de violência extrema contra uma mulher cristã na Índia. Segundo a organização, a vítima foi estuprada e queimada viva por radicais hindus no estado de Manipur, onde a perseguição a cristãos tem se intensificado nos últimos dois anos.
A mulher, que fazia parte do povo indígena Kuki-Zo, deixou três filhos. O grupo Kuki-Zo tem sido alvo de ataques constantes por extremistas, em meio a um conflito sobre direitos territoriais que se transformou em uma disputa religiosa.
Joel Veldkamp, chefe de comunicações internacionais da CSI, explicou que a situação na região se agravou devido ao aumento da violência anticristã, com pelo menos 40 mil cristãos Kuki-Zo forçados a abandonar suas casas.
Eles agora vivem em campos de refugiados, onde as condições de saúde são precárias, com taxas elevadas de mortalidade por doenças tratáveis, como câncer e insuficiência renal, devido à falta de acesso a cuidados médicos e medicamentos.
Veldkamp destacou que a violência contra os cristãos continua, com o recente assassinato da mulher cristã intensificando ainda mais os confrontos entre grupos. “O governo parece completamente ausente dessa situação”, afirmou, referindo-se à falta de ação das autoridades indianas para conter a onda de perseguição religiosa.
A Índia, sob o governo do partido nacionalista hindu, tem enfrentado críticas por sua postura em relação às minorias religiosas, especialmente os cristãos. O país ocupa o 11º lugar na Lista Mundial de Perseguição 2025 da Missão Portas Abertas, uma das nações mais hostis para a prática do cristianismo.
Em meio a esse cenário, Joel Veldkamp fez um apelo para que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressione o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, a tomar medidas para pôr fim à violência contra os cristãos durante um encontro programado entre ambos. “Trump tem um relacionamento com Modi e prometeu ser um presidente que cuidaria dos cristãos perseguidos no mundo”, destacou Veldkamp, conforme informado pela CBN News.