Um jornalista cristão que tentou iniciar uma carreira como político no Reino Unido e buscou um partido de esquerda para se candidatar, foi barrado pela legenda por conta de suas convicções cristãs.
David Campanale, membro da Igreja Anglicana e ex-jornalista da BBC, foi removido do quadro de candidatos a deputado do Partido Liberal Democrata após pressões feitas por ativistas LGBT.
O caso está sendo noticiado na mídia britânica escancarando que os motivos de impedir a candidatura do jornalista cristão foram “a sua fé cristã”. O jornal The Telegraph acrescentou que os responsáveis pelo partido alegam que Campanale não se identificou como um cristão praticante quando se filiou, mas o jornalista nega.
Agora, o jornalista denunciou o Partido Liberal Democrata ao órgão de fiscalização da igualdade alegando discriminação, já que sua fé e seu envolvimento com a Aliança Popular Cristã, uma entidade que reúne igrejas e fiéis, foram apontados pela legenda para impedi-lo de concorrer a um cargo público.
Conforme informações do jornal inglês, a denúncia contra o partido de esquerda enfatiza que a legenda é cúmplice no “ambiente hostil” criado pelos militantes contra cristãos, e que seus dirigentes “encorajaram aqueles que acreditam que os cristãos deveriam ser expulsos da vida pública”.
O partido também é acusado de não investigar graves alegações de discriminação e assédio, já que um funcionário do partido teria dito a Campanale que “não tínhamos ideia de que estávamos selecionando outro Tim Farron”, uma referência ao ex-líder Liberal Democrata que renunciou após ser pressionado por causa de sua fé cristã.
Apesar de hostilizar e boicotar cristãos, o Partido Liberal Democrata mantém em seus quadros uma liderança muçulmana: Nasser Butt, fundador e presidente do Fórum Muçulmano do partido. Ele comentou o caso em um tom politicamente correto, afirmando que “a fé de uma pessoa não deve ser um ponto decisivo” para ser filiado à legenda.