O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que militares israelenses “eliminaram” Mohammed Sinwar, identificado como chefe do Hamas em Gaza e irmão de Yahya Sinwar, ex-líder da organização no enclave palestino.
A operação teria ocorrido em 13 de maio, segundo informações divulgadas pelo governo israelense, durante um ataque ao pátio e às imediações do hospital europeu, na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), a ação resultou na destruição de “infraestruturas subterrâneas” utilizadas pelo Hamas.
A agência de Defesa Civil de Gaza, subordinada ao próprio Hamas, relatou que 28 pessoas morreram na ação. A morte de Mohammed Sinwar, no entanto, não foi confirmada nem desmentida oficialmente pela liderança do grupo.
Mohammed Sinwar era considerado um dos alvos prioritários pelas autoridades israelenses, especialmente após a morte de seu irmão, Yahya Sinwar, atribuída a tropas israelenses em outubro de 2023. Yahya era apontado como o mentor do ataque de 7 de outubro do mesmo ano, quando militantes do Hamas invadiram o território israelense e mataram cerca de 1.200 pessoas, além de sequestrar outras 251, conforme números informados por Israel.
A ofensiva militar de Israel teve início pouco depois do ataque de outubro e completa 600 dias. Estimativas do Ministério da Saúde de Gaza, órgão administrado pelo Hamas, indicam que cerca de 54 mil pessoas foram mortas no território palestino desde o início da campanha israelense. Esses números, no entanto, não foram verificados de forma independente por agências internacionais.
Até o momento, o Hamas não se pronunciou oficialmente sobre a suposta morte de Mohammed Sinwar, de acordo com informações da BBC.