Spencer Wimmer, ex-funcionário da Generac Power Systems, Inc., no estado de Wisconsin, protocolou uma queixa por discriminação religiosa junto à Comissão de Igualdade de Oportunidades de Emprego dos Estados Unidos (EEOC, na sigla em inglês) após ser demitido por rejeitar exigência feita por um trans.
A denúncia, registrada com o apoio do Instituto de Direito e Liberdade de Wisconsin na semana passada, alega que Wimmer foi demitido por recusar o uso do nome e dos pronomes preferidos de um colega de trabalho que se identifica como transgênero.
Wimmer atuou na empresa por cerca de cinco anos e afirma que seu histórico profissional incluiu promoções e aumentos salariais até abril de 2025. Segundo ele, após solicitar uma acomodação religiosa para não utilizar os pronomes preferidos do colega, seu pedido foi negado pelo departamento de recursos humanos e por seu supervisor. Pouco tempo depois, Wimmer foi desligado da empresa.
Em entrevista concedida à Fox News Digital no dia 24 de maio, Wimmer declarou: “Pediram-me para escolher entre o meu sustento e o meu amor por Deus e pelas minhas crenças”. Ele descreveu a experiência como “de partir o coração” e afirmou que foi “muito emocionante ter tudo meio que arrancado de mim”.
A Generac, por meio de um porta-voz, negou as alegações apresentadas por Wimmer. “A empresa cumpre todas as leis trabalhistas federais e estaduais. Além disso, nunca tivemos uma política sobre o uso de pronomes de gênero”, afirmou o representante.
Segundo ele, a companhia “se defenderá contra essa alegação frívola” e atua de forma voluntária e proativa em relação à ordem executiva do governo, não impondo exigências relacionadas à diversidade, equidade e inclusão (DEI). “Não podemos comentar mais, dada a natureza contínua deste litígio pendente”, acrescentou.
A denúncia formal apresentada por Wimmer indica que a empresa não exigia, por norma interna, que os funcionários se referissem uns aos outros de maneira específica. No entanto, após manifestar sua recusa, ele recebeu uma nota de advertência disciplinar, na qual constava que o não cumprimento da expectativa de uso dos pronomes poderia resultar em demissão.
Ainda de acordo com a queixa, durante a entrega do documento, um funcionário do setor de recursos humanos teria dito a Wimmer que suas objeções religiosas “não faziam sentido algum” e comparou o uso dos pronomes preferidos ao uso de apelidos, como chamar uma pessoa de “Lizzy” em vez de “Elizabeth”.
Após o episódio, Wimmer pediu demissão da empresa em 31 de março, declarando que seu ambiente de trabalho o colocava em conflito com sua fé. Em 2 de abril, ele enviou um e-mail solicitando a reversão de sua saída e a retomada de seu posto. Segundo seu relato, o pedido não foi inicialmente respondido, mas algumas horas depois, ele foi convocado a uma sala de conferências, onde foi informado da negativa e oficialmente desligado da empresa.
O ex-funcionário alega ainda que, após a demissão, seus pertences pessoais foram devolvidos danificados. Entre os itens, estavam uma Bíblia e uma caneca preta com a imagem do símbolo cristão Chi Rho.
A denúncia conclui que “o preconceito e a hostilidade da Generac em relação às crenças religiosas do Sr. Wimmer — incluindo a disciplina da empresa, o assédio, a negação de uma acomodação razoável e a demissão definitiva do Sr. Wimmer — constituem discriminação religiosa sob o Título VII”. O documento solicita à EEOC a abertura de uma investigação formal, conforme noticiado pelo portal The Christian Post.