O pastor Rodrigo Mocellin reagiu a mais uma declaração polêmica de Ed René Kivitz, líder religioso responsável pela Igreja Batista de Água Branca (IBAB), que em sua mensagem de Natal afirmou que Jesus veio para “todes”.
Kivitz, que foi expulso da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB) por seu posicionamento de negar a inerrância e suficiência da Bíblia Sagrada, além de um posicionamento relativista em relação ao aborto, voltou a usar a chamada “linguagem neutra”.
“A Bíblia Sagrada diz que Jesus recebe o nome de Emanuel, que é Deus conosco. ‘Conosco’, quem? ‘Nós’, quem? É ‘Deus no meio de nós’. Deus ao nosso lado. Ao lado de quem? Ao lado do rico, do pobre, do preto, do branco, ao lado do masculino, do feminino, ao lado de todas, de todes”, diz Kivitz no vídeo compartilhado em suas redes sociais.
Meses atrás, o líder religioso da IBAB havia usado a expressão “bom dia pessoais” durante um sermão em que referiu-se a Deus como “mamãe do céu”, indicando que intensificaria a defesa de pautas progressistas em suas manifestações.
Mocellin reage
O pastor Rodrigo Mocellin, da Igreja Resgatar, de Guaratinguetá (SP), gravou um vídeo comentando a mais nova polêmica e afirmou que “Kivitz é uma metralhadora de heresias”.
“O homem é incansável na sua capacidade de falar absurdos!”, enfatizou, antes de iniciar uma reflexão sobre o impacto da fala do líder da IBAB.
De acordo com Mocellin, há uma tentativa de transformar o pecado em uma expressão humana, através de distorções da mensagem bíblica: “Estão pegando passagens bíblicas que fala sobre esse fato histórico de que, nas sociedades sempre houve exclusão, mas Cristo abraçou todo mundo. E isso é fato. Eles pegam isso e distorcem. O Evangelho, de fato, inclui a raça humana”.
“A Escritura é clara ao afirmar que Deus não faz acepção de pessoas, não importa a cor da pele, sexo – masculino ou feminino – e não importa a classe social, rico ou pobre. Não interessa”, ponderou Mocellin.
A mensagem do Evangelho, disse o pastor evidencia que Cristo veio para salvar pessoas de todas as origens: “Qualquer um que se aproximar de Cristo, e crer, será salvo. Eu sei que isso hoje possa parecer simples, mas isso é assombroso, pensando nas culturas ao longo da história. As sociedades sempre acharam que havia uma classe de pessoas que não poderia ser salva. Os judeus, por exemplo, criam que os gentios não poderiam ser salvos”, disse, citando o relato de Atos 22.21,22.
“Ao falar todes, o Kivitz não inclui todo tipo de pessoa, mas todo tipo de pecado. Todes é uma linguagem que visa identificar uma identidade, de um grupo que toma um comportamento pecaminoso e equipara-o à raça”, argumentou.
Mocellin chamou atenção para a sutileza da fala de Kivitz: “No Brasil, homofobia é crime enquadrado na lei do racismo. O que é raça? Um termo para determinar grupos étnicos. […] Assim, temos humanos, da raça branca ou negra, mas são apenas variações. Ambos são humanos. […] Desse modo, agora, um comportamento pecaminoso é retratado pelo homem moderno é retratado apenas como mais um jeito de ser humano. É um tipo de ser humano, seria uma ‘raça’. Assim como há brancos e negros, há gays e heteros. […] Se o homossexualismo é raça, eles estariam entre os salvos, como se vê João falando em Apocalipse 7.9 […] Mas, não: homossexualismo não é raça. É pecado”
A mensagem do Evangelho, disse o pastor, é que Cristo salva aqueles que se arrependem: “Não importa quão fundo tenhamos ido na lama do pecado, mas se dissermos ‘Senhor, tem misericórdia de mim, eu creio em Ti, estou no pecado, completamente perdido, mas o Senhor veio salvar o perdido, então encerre sua busca porque eu sou o perdido mas creio em Ti’, há Salvação”, concluiu Mocellin.