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Uma paródia com a música de Cassiane Com Muito Louvor foi feita por um satanista para anunciar a “igreja da pombagira”. O vídeo circula nas redes sociais e uma influencer cristã protestou.
A canção é de autoria de Elizeu Gomes, mas a música se tornou famosa em 1999 na voz de Cassiane. Na versão do satanista, a letra é alterada para excluir a menção a Deus e referir-se a satanás:
“A gente precisa entender o que bel está a falando. Quando ele estende suas mãos é hora de vencer. Então louve”, diz o rapaz no vídeo, fazendo um gesto de quem conta dinheiro.
Em seguida, ele faz um convite em que mistura ocultismo e feminismo: “Venha conhecer a igreja da pombagira, onde seus sonhos podem se tornar realidade através da sua fé. Aqui as mulheres são respeitadas, são emponderadas [sic] e os homens amarrados”
“Bel vai na frente abrindo os caminhos, quebrando as correntes, tirando os espinhos, ordena os anjos para contigo lutar”, volta a cantar o rapaz.
A influencer Raquel de Bahia, que conta com mais de 180 mil seguidores no Instagram, protestou contra o uso feito da canção: “‘Bel’ que ele fala com tanta intimidade é belzebu? Só deixando claro que eu não sou intolerante religioso. Eu não estou indo contra nada, só estou querendo dar as minhas ideias do que eu acredito. Isso se chama liberdade de expressão”, pontuou.
Raquel demonstrou indignação porque o satanista “pega a música de Cassiane” para deturpar o sentido da letra: “Oitenta por cento do Brasil crê em Deus. E muitos dos que creem em Deus e leem a Bíblia entendem quem é ‘bel’ (belzebu): é quem o próprio cristianismo repudia”.
“Pega uma música evangélica e tira justamente o Deus a quem nós adoramos e coloca justamente algo em que nós não gostamos. Aí você está dentro de casa, louvando ao Senhor, na igreja, no ônibus, em qualquer lugar, e começa ‘Deus vai na frente abrindo o caminho’ e só vem na mente ‘bel vai frente…’. Bel, quem? Belzebu? Isso aí não é proposital?”, questionou.
Ao final, Raquel comparou a situação à vivida pela cantora secular Cláudia Leitte, que alterou a letra de uma música composta por ela mesma e se tornou alvo de investigação por “racismo religioso”: “Para mim isso se chama ‘armadilha de satanás’. […] A autora da música [poderia] tomar uma atitude cabível, não é? Já que aconteceu o mesmo com Claudinha Leitte”, disse.