O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria impedido um plano israelense para assassinar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
A informação foi divulgada em 16 de junho por meio das agências internacionais Reuters e France-Presse, com base em relatos de funcionários de alto escalão do governo norte-americano ouvidos sob condição de anonimato.
Segundo essas fontes, autoridades de Israel identificaram recentemente uma oportunidade para eliminar Khamenei, mas recuaram após aconselhamento direto de Trump. Uma das fontes declarou: “Os iranianos já mataram algum americano? Não. Até que o façam, não vamos nem falar em ir atrás de sua liderança política”.
Ainda não foi confirmado se a orientação foi dada pessoalmente por Trump, mas, de acordo com os relatos, o presidente mantém comunicação frequente com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O contato entre os dois países teria se intensificado desde o início dos ataques na madrugada de sexta-feira, 13 de junho.
O jornalista brasileiro Paulo Figueiredo, radicado nos Estados Unidos, comentou o episódio em sua conta na rede social X (antigo Twitter): “Ele pode ter evitado com isso um dos maiores conflitos dos nossos tempos”.
Difícil mesmo é acreditar no que a Reuters diz.
— George Henrique (@george1BR2) June 15, 2025
Israel amplia ofensiva
Na madrugada de domingo, 15 de junho, forças israelenses realizaram uma série de bombardeios em território iraniano. Segundo o Exército de Israel, foram destruídas instalações militares e depósitos de combustível, além de “dezenas” de estruturas utilizadas para armazenar mísseis na região oeste do Irã.
Um avião iraniano de reabastecimento foi abatido no Aeroporto de Mashhad, e a sede da Organização de Inovação e Pesquisa em Defesa também foi atingida. Esta organização é apontada como central no programa nuclear iraniano.
Em Teerã, a televisão estatal informou a morte de cinco pessoas após um ataque a um edifício residencial. O Ministério das Relações Exteriores iraniano acusou Israel de atacar deliberadamente instalações civis, deixando diversos feridos.
A agência de notícias oficial Irna noticiou ainda a morte de Mohammad Kazemi, chefe de inteligência da Guarda Revolucionária do Irã, junto com outros dois oficiais. A Guarda Revolucionária é o braço armado ideológico do regime iraniano.
Irã promete retaliação
Também no domingo, o coronel Reza Sayyad, porta-voz das forças armadas iranianas, afirmou que o país responderá de forma “devastadora” aos ataques e declarou que Israel “em breve não será habitável”.
O Exército israelense confirmou que o Irã lançou pelo menos quatro rodadas de mísseis contra seu território, atingindo diversas cidades, entre elas Tel Aviv, Jerusalém e Haifa. De acordo com os serviços de emergência israelenses, os ataques deixaram até o momento 24 civis mortos e mais de 500 feridos.
Em entrevista à emissora Fox News, Benjamin Netanyahu defendeu os ataques conduzidos por Israel, afirmando que o objetivo é proteger tanto o país quanto a comunidade internacional. “Nosso foco de ataque foram localidades nucleares e militares. O deles foram espaços onde há civis israelenses”, disse o primeiro-ministro.