Considerado o principal financiador de grupos extremistas responsáveis por atacar Israel, como o Hamas e o Hezbollah, o Irã também tem implementado uma rígida política de repressão aos cristãos que vivem na teocracia islâmica fundamentalista.
Não por acaso, o país ocupa atualmente a 9ª posição na lista mundial de perseguição religiosa da organização Portas Abertas, sendo uma das dez nações mais perigosas para os seguidores de Jesus Cristo.
Como parte da sua política de repressão, as prisões e acusações falsas ocorrem com frequência no país. Foi o que aconteceu, por exemplo, com 12 cristãos presos injustamente, acusados de “propagação de religiões que estão em conflito e contra o islã” e “colaboração com governos estrangeiros”.
Assim como em todo regime autoritário, os seguidores de Cristo não tiveram suas defesas respeitadas, pois foram detidos no final de 2023 e só agora estão sendo julgados pelo Irã.
“Além disso, de acordo com a organização Middle East Concern, as autoridades alegaram que eles participaram de treinamento cristão no exterior e que professavam a fé cristã”, diz a Portas Abertas, justificando a inclusão da República Islâmica em sua lista mundial de perseguição religiosa, onde também figuram nações como China e Coreia do Norte.
Perseguição recorrente
A prisão dos 12 cristãos é só um dentre os vários exemplos de perseguição aos seguidores de Cristo. Jahangir Kaskak, Morteza Malamiri e Gholam Nimvari, três dos detidos neste grupo, por exemplo, já foram presos outras vezes pelos mesmos motivos.
A Portas Abertas pede para que as igrejas orem em favor dos perseguidos no regime iraniano, a fim de que Deus intervenha em favor dos que vivem em sofrimento no Irã, que apesar de profundamente enfraquecido em sua luta contra Israel, continua oprimindo as minorias em seu território.
“Com frequência, cristãos são condenados a longas sentenças de prisão como a citada na notícia. Eles precisam de apoio para lutar na justiça por sua liberdade religiosa”, conclui a organização.