O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira, 17 de junho, por meio de sua conta na rede Truth Social, que não pretende ordenar a morte do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, “pelo menos por enquanto”. Na mesma publicação, Trump exigiu a “rendição incondicional” por parte do regime iraniano.
“Sabemos exatamente onde o chamado ‘Líder Supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá. Não vamos eliminá-lo (matá-lo!), pelo menos não por enquanto”, afirmou o presidente norte-americano. Em seguida, completou: “Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando. Agradecemos a sua atenção a este assunto!”.
Em declarações anteriores, também pela Truth Social, Trump havia afirmado que busca um “fim real” para o conflito entre Irã e Israel, sem detalhar que tipo de acordo estaria disposto a aceitar. “Um fim, um fim real, não um cessar-fogo. Um fim. Ou desistir completamente. Isso também está bom”, escreveu o presidente, ao ser questionado sobre o que consideraria mais adequado que um cessar-fogo.
As declarações ocorrem em meio à crescente tensão entre Teerã e Tel Aviv, intensificada após trocas de ataques. No mesmo dia, o ministro da Defesa de Israel, Yisrael Katz, afirmou que o aiatolá Khamenei pode ter um destino semelhante ao de Saddam Hussein, ex-presidente do Iraque, que foi capturado por tropas norte-americanas em 2003, julgado e executado em 2006. “Esse pode ser o fim dele também”, afirmou Katz, sem citar diretamente qual ação estaria em curso.
Ainda nesta terça-feira, Trump garantiu que forças israelenses, com apoio dos Estados Unidos, teriam assumido o controle do espaço aéreo iraniano. “Agora temos controle total e completo dos céus do Irã. O Irã tinha bons rastreadores aéreos e outros equipamentos defensivos, e muitos deles, mas não se comparam aos ‘objetos’ concebidos e fabricados pelos Estados Unidos”, escreveu.
Até o momento, não houve resposta oficial do governo iraniano às declarações de Trump. O aiatolá Ali Khamenei, que ocupa o cargo máximo do regime teocrático desde 1989, raramente se manifesta diretamente sobre chefes de Estado estrangeiros. O clima na região permanece tenso, com alertas de segurança emitidos por diversos países para suas embaixadas e cidadãos no Oriente Médio.