A Nigéria enfrenta tensões históricas entre comunidades cristãs e muçulmanas, especialmente em estados do Norte e Centro-Norte, onde grupos radicais e tradições culturais restritivas limitam a liberdade religiosa.
Segundo o International Christian Concern (ICC), convertidos ao cristianismo, principalmente de famílias islâmicas, frequentemente sofrem hostilidade, violência ou expulsão domiciliar.
Fatos Registrados:
Deborah* (nome alterado por segurança), de 18 anos, cresceu em uma família islâmica radical no estado de Kogi, e se tornou um exemplo vivo do quanto o radicalismo islâmico pode ser cruel na Nigéria.
Há dois anos, após conversas com amigos cristãos e reflexões pessoais, ela decidiu converter-se ao cristianismo. A jovem relatou ao ICC que, inicialmente, manteve a fé em segredo, mas, após os pais descobrirem uma Bíblia em sua posse, passou a ser vigiada e proibida de frequentar cultos.
Em setembro de 2023, ao ser surpreendida retornando de uma igreja, Deborah foi agredida fisicamente pela família e expulsa de casa. Atualmente, reside em uma cidade vizinha, onde participa de atividades cristãs sem restrições e mantém contato discreto com os irmãos mais novos para compartilhar “mensagens de esperança”, conforme descreveu.
Declarações:
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Deborah (à ICC):* “Fui criada no islamismo, mas encontrei paz no cristianismo. Quando me expulsaram, entendi o custo da minha escolha. Agora, vivo escondida, mas livre para orar”.
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Maria (colaboradora cristã):* “Ela enfrentou tortura e abandono, mas mantém uma fé inquebrantável. Precisamos protegê-la e oferecer-lhe um ambiente estável para reconstruir sua vida”.
A jovem permanece sob ameaça de descoberta por familiares, que, segundo o ICC, poderiam intensificar retaliações caso saibam de seu paradeiro. Organizações locais alertam que casos como o de Deborah ilustram padrões de perseguição a convertidos, incluindo vigilância comunitária e pressão para retratação pública.
Apoio
Maria* e parceiros do ICC mobilizam recursos para realocar Deborah em uma região mais segura, longe do estado de Kogi. Campanhas por doações e redes de oração foram iniciadas para custear seus estudos e garantir suporte psicológico.
Em declaração final ao ICC, Deborah* reforçou sua determinação: “Sei que minha família pode nunca aceitar minha fé, mas escolhi seguir Cristo, mesmo com riscos. Peço orações para continuar forte e um dia reconquistar o amor deles”.
O ICC e entidades parceiras monitoram o caso e buscam intervenção de organismos internacionais de direitos humanos. A situação reforça debates sobre a necessidade de políticas públicas nigerianas para proteção de minorias religiosas.
Nota de segurança:
Nomes foram alterados para preservar a identidade da jovem e de colaboradores, devido a ameaças documentadas contra convertidos em regiões de maioria islâmica na Nigéria.