O pastor Henryk Skizypkowski resolveu ir além das orações pela paz no seu país vizinho. Situado na Polônia, ele decidiu abrir o templo da sua igreja para acolher alguns dos milhares de refugiados da guerra na Ucrânia, vítimas da invasão russa que há uma semana vem causando bombardeios no país do Leste europeu.
Até o momento já são 200 refugiados entre mulheres e crianças, uma vez que a maioria dos homens ficou na Ucrânia para lutar contra os russos, conforme determinação das Forças de Defesa ucranianas.
Para acolher os refugiados da guerra, o pastor Skizypkowski precisou mobilizar a sua igreja para a aquisição de camas, itens básicos de higiene e vestuário adequado. O templo, basicamente, foi transformado numa casa para abrigar os ucranianos por um tempo ainda desconhecido.
“Eles removeram todos os bancos, removeram o púlpito”, disse um dos refugiados chamado Chitwood, elogiando a iniciativa do pastor e dos membros da Igreja Batista Chelm.
“Na verdade, eles têm berços espalhados por todo o santuário e por toda a igreja, além de fornecer comida e roupas. Eles estão apenas fazendo um ótimo trabalho ajudando aqueles que estão realmente sofrendo agora”, destacou o ucraniano.
Para o pastor Skizypkowski, a guerra na Ucrânia pode estar revelando um propósito espiritual por trás dos acontecimentos geopolíticos envolvendo não só a Rússia, mas também a Polônia, já que os ucranianos e os poloneses vêm mantendo um clima de hostilidades desde o final da 2ª Guerra Mundial.
“É um momento histórico e espiritual. Esses problemas históricos – estavam nos corações, nas almas das pessoas por muitos e muitos anos. As pessoas têm um problema de perdoar umas às outras”, disse o pastor.
“Mas este momento é o momento em que Deus criou uma nova situação entre nossas nações. É um novo futuro. Agora temos unidade – unidade espiritual”, destacou Skizypkowski, segundo informações da Faithwire.
Segundo o pastor, não apenas a sua igreja abriu as portas para os refugiados ucranianos, como outros templos batistas, incluindo a casa de membros. Pessoas que resolveram abraçar os vizinhos da Ucrânia no momento em que mais precisam.
“Oramos pela unidade. Na guerra, temos que ajudar a Ucrânia”, exorta Skizypkowski. “Mesmo que a guerra terminasse hoje, o país ficou devastado. Mas certamente, não parece que a guerra vai acabar hoje. Assim, o problema continuará por muito tempo.”