Em Campo Grande (MS), a professora “trans” Emy Mateus Santos, de 25 anos, gerou discussão nas redes sociais ao compartilhar um vídeo no qual aparece recepcionando alunos vestida com uma fantasia de princesa.
Identificado como “mulher trans” (pessoa masculina que se enxerga como mulher), Mateus utilizou uma peruca rosa, saia curta na mesma cor e um top tomara que caia em azul e rosa durante uma aula para crianças de 6 a 7 anos na Escola Municipal Irmã Irma Zorzi, localizada no Bairro Silvia Regina.
O vídeo teve grande repercussão e chegou ao conhecimento do vereador André Salineiro (PL) e do deputado estadual João Henrique Catan (PL), que solicitaram esclarecimentos à Secretaria Municipal de Educação (Semed) sobre a conduta da professora.
— Não podemos aceitar isso como normal. Para deixar bem claro, a orientação sexual deve ser feita pelos pais às crianças e não pela escola — afirmou Salineiro.
O vereador Rafael Tavares (PL) também se manifestou, criticando a vestimenta da docente. Ele anunciou que a Semed abriu uma investigação sobre o caso, após receber um ofício solicitando um procedimento administrativo.
O tema foi debatido na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Durante a sessão, Catan levantou questionamentos sobre a escolha do figurino. Parlamentares do PT defenderam a professora trans, argumentando que a intenção era proporcionar uma recepção lúdica para os alunos.
Ativismo
O caso reacendeu a discussão sobre a presença de ativismo ideológico no ambiente escolar. O tema tem sido alvo de divergências em diversas partes do país, com parlamentares e especialistas apontando preocupações sobre a exposição de crianças a pautas políticas e identitárias no ensino básico.
Isso, porque, defensores de uma abordagem mais tradicional afirmam que o papel da escola deve se concentrar no ensino de disciplinas acadêmicas, deixando debates sobre identidade e valores para o ambiente familiar. Com informações: Campo Grande News.