No dia 8 de janeiro, o papa Francisco anunciou a nomeação do cardeal Robert McElroy, que tem postura relativista sobre o aborto, como o novo Arcebispo da Arquidiocese de Washington, DC (EUA).
Até então líder da Diocese de San Diego, ele substitui o Cardeal Wilton Gregory, que se aposentou recentemente. McElroy é conhecido por sua defesa de permitir que políticos “católicos pró-escolha“, ou seja, aqueles que apoiam a legalização do aborto, recebam a comunhão. Essa posição contrasta diretamente com os ensinamentos tradicionais da Igreja Católica e tem sido motivo de controvérsia nos últimos anos.
Em 2021, durante um debate interno na Igreja Católica dos Estados Unidos sobre a possibilidade de adotar uma política nacional que restringisse a comunhão a políticos pró-aborto, McElroy expressou forte oposição à ideia.
Em declarações ao CRUX Now, ele afirmou que “privar o presidente ou outros líderes políticos da Eucaristia com base em sua postura política seria visto como uma armamentização da Eucaristia”.
McElroy também publicou um artigo na revista jesuíta America, onde alertou que excluir líderes políticos pró-escolha da Eucaristia seria “um passo errado” e acarretaria “consequências tremendamente destrutivas”. Ele argumentou que essa exclusão não apenas alimentaria divisões partidárias, mas também comprometeria a unidade que a Eucaristia simboliza.
A Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB) não implementou uma proibição formal sobre a comunhão para políticos pró-escolha. Em vez disso, em novembro de 2021, adotou um documento que destacou a responsabilidade dos católicos, especialmente aqueles em cargos públicos, de formar suas consciências conforme a fé da Igreja e de proteger a dignidade humana, incluindo a vida dos não nascidos.
McElroy assume a liderança da arquidiocese que abrange a capital americana em meio a debates contínuos sobre a relação entre política, fé e os ensinamentos da Igreja Católica, segundo informações do portal The Christian Post.