O pastor e autor John Amanchukwu criticou publicamente o fundador da Igreja Saddleback, Rick Warren, por participar de eventos com a Igreja Católica Romana e promover o que ele descreveu como uma “unidade sem verdade”.
A declaração foi feita em um vídeo publicado em 17 de junho no YouTube, intitulado “A perigosa aliança de Rick Warren com Roma — Unidade sem verdade”.
John Amanchukwu, conhecido por seu livro Eraced: Uncovering the Lies of Critical Race Theory and Abortion (2022), afirmou que Warren “está comprometendo a verdade das Escrituras e o Evangelho”. Ele reagiu a uma série de falas do pastor californiano durante sua participação no evento católico Global 2033, realizado em Roma no início de junho.
Durante uma entrevista concedida à emissora católica EWTN, Rick Warren declarou que “nenhuma denominação pode completar a Grande Comissão sozinha”. Ele também citou João 17, afirmando que a oração de Jesus pela unidade dos cristãos ainda não foi plenamente respondida. “Sua grande oração ali é a oração pela unidade”, disse Warren. “Ainda é a oração não atendida de Jesus”.
Questionado sobre sua disposição em orar com católicos, Warren respondeu: “Rezo com qualquer pessoa que acredite que Jesus Cristo é o Senhor da minha vida. E estes são irmãos e irmãs em Cristo”. Ele também mencionou que os católicos representam aproximadamente metade dos cristãos no mundo.
Rick Warren relatou ainda ter encontrado consolo no Terço da Divina Misericórdia após o suicídio de seu filho em 2013. Essa prática, baseada em visões da freira polonesa Faustina Kowalska em 1935, envolve o uso do rosário e recitações da Ave Maria. Kowalska foi canonizada em 2000 e afirmou ter recebido as instruções diretamente de Jesus.
Amanchukwu citou essa devoção como exemplo de práticas que, segundo ele, entram em conflito com a fé cristã. “Como podem dois caminhar juntos se não estiverem de acordo?”, questionou. Para ele, o uso do terço representa um afastamento das Escrituras. “É uma tradição criada pelo homem, enraizada em visões e orações jamais encontradas nas Escrituras”, afirmou. Ele também mencionou Mateus 6:7 como alerta contra repetições vãs nas orações.
Em sua crítica, o pastor reforçou sua posição teológica: “O uso de cânticos e orações repetitivas a Maria e aos santos viola o Primeiro Mandamento e mina o papel exclusivo de Cristo como nosso mediador”, declarou, fazendo referência a 1 Timóteo 2:5. “Promover tais práticas valida um falso evangelho enraizado em obras, indulgências e escravidão sacramental”.
Amanchukwu acusou Warren de promover uma “pressão por unidade interdenominacional” que, segundo ele, compromete a fidelidade doutrinária: “Unidade sem verdade é adultério espiritual”, afirmou. Ele também criticou doutrinas católicas como o purgatório, a veneração de santos e a autoridade do papa, descrevendo-as como “antibíblicas” e “perigosas”.
Segundo Amanchukwu, a postura ecumênica de Warren pode confundir os fiéis. “Quando pastores influentes como Warren se aproximam de Roma, isso confunde o rebanho”, disse. Ele alertou para o risco de uma “igreja morna, sem discernimento, preparada para o engano”, e concluiu: “Para Rick Warren, subir naquele palco e endossar essas doutrinas não é apenas um compromisso, é uma traição espiritual”.
