Kelsey Decker, 34, narrou à revista Revive uma trajetória marcada por abusos, envolvimento com o ocultismo e prostituição, seguida por conversão religiosa e atuação em ministérios cristãos voltados a vítimas de exploração sexual.
Nascida nos EUA, Kelsey sofreu abuso sexual aos 7 e 14 anos. Após o divórcio dos pais, sua mãe adotou práticas como tarô, cristais e mediunidade, expondo-a desde cedo ao ocultismo.
As 1o8, ingressou em uma seita que combinava rituais de “magia de sangue” com exploração sexual, justificada como “caminho espiritual”. Paralelamente, atuou como dançarina em boates, em sites pornográficos e na prostituição.
O período
“Tinha uma suposta ‘visão espiritual’, mas não conhecia o Espírito Santo. Olhava na direção errada”, relatou. Sobre o abuso, afirmou: “Foi como se o diabo tivesse acesso legal à minha vida”. Após depressão e tentativas de suicídio, tornou-se viciada em cocaína e engravidou, optando por abortar.
Na seita, era obrigada a relações sexuais sob alegação de “crescimento espiritual” e participou de rituais com magia de sangue.
“Achava que controlava minha vida, mas me entregava a forças demoníacas. Não via saída”, disse. Simultaneamente, liderava rituais lunares e atuava como “curandeira da nova era”: “Queria curar outros, mas eu estava quebrada”.
Ponto de virada
Em 2020, viajou a Londres para reencontrar um homem ligado a seu passado ocultista, que a submeteu a violência, manipulação e falsos “exorcismos”. Durante visita a uma igreja local, ouviu um sermão contra práticas ocultistas:
“Minha vida passou diante dos meus olhos. Deus disse: ‘Esta é a verdade. Escolha agora’”. Na mesma noite, leu a Bíblia enviada pelo pai, orou e declarou entrega a Jesus. “Minha salvação veio sem rituais — só Ele”, afirmou.
Quatro meses depois, foi batizada. “Pela primeira vez, senti silêncio na mente. Uma libertação radical”, descreveu. O pastor responsável, de 80 anos, declarou: “Vi demônios saindo dela quando emergiu da água”. Kelsey cortou vínculos com o ocultismo e iniciou discipulado: “Deixo 40 anos de mentiras, mas o Espírito Santo me guia”.
Missão
Um mês após a conversão, retornou aos EUA para reatar laços com a filha. Nove meses depois, uniu-se à Morning Glory Ministries, organização evangélica que atua com vítimas de prostituição.
“Levei mulheres a Jesus. Vi milagres: elas deixaram a exploração”, testemunhou. Em 2023, colaborou com Frits Rouvoet, do ministério Bright Fame, em ações no Distrito da Luz Vermelha de Amsterdã, área conhecida pela prostituição.
“Não fui salva por mérito, mas porque Jesus é bom. Ele me resgatou quando eu não queria viver. Agora, vivo para fazê-Lo conhecido”, concluiu.
Fontes:
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Depoimento de Kelsey Decker à Revive.
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Declarações do pastor responsável pelo batismo (identidade não revelada).
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Informações da Morning Glory Ministries e Bright Fame.