Cerca de 200 cristãos reuniram-se na Avenida Paulista, em São Paulo, no domingo, 13 de abril de 2025, para um protesto organizado pela Missão OVERMISSION em solidariedade aos fiéis que sofrem perseguição religiosa em países com casos de intolerância.
Vestidos de preto e portando cartazes com frases como “380 milhões silenciados” e “Igreja não se cala”, os participantes denunciaram a falta de liberdade religiosa em nações como Coreia do Norte, Afeganistão, Nigéria e China.
Mobilização:
Luca Martini, líder da OVERMISSION e evangelista há 15 anos, dirigiu o ato com um megafone, citando dados da organização Portas Abertas: “Hoje, 1 em cada 7 cristãos vive sob perseguição alta ou extrema.
São irmãos que arriscam a vida para ter uma Bíblia ou dizer ‘creio em Cristo’”. Em entrevista ao longo do evento, reforçou: “O Evangelho nasceu ilegal e seguirá assim até a volta de Jesus. Enquanto ditaduras caem, a Igreja avança mesmo sob morte”.
Além dos discursos, o grupo realizou 40 minutos de intercessão coletiva, citando nominalmente países como Paquistão e Irã. Um coral improvisado cantou hinos como “Castelo Forte”, enquanto voluntários distribuíram 500 folhetos com histórias de mártires contemporâneos, incluindo o nigeriano Luka Binniyat, preso em 2023 por denunciar assassinatos de cristãos.
Contexto global:
Segundo o Relatório de Liberdade Religiosa Mundial (2023), 75% dos ataques a religiões em 2022 foram contra cristãos. A Pew Research Center aponta que 52 nações impõem restrições “altas” ou “muito altas” à prática cristã. Martini destacou casos como o da paquistanesa Asia Bibi, condenada à morte por blasfêmia em 2010 e exilada após pressão internacional.
O ato gerou 1.240 menções no X (Twitter), com posts de figuras como o pastor André Valadão, que escreveu: “Enquanto uns dormem, a Igreja clama”. A Polícia Militar registrou fluxo tranquilo, sem incidentes. A Missão OVERMISSION anunciou nova mobilização para 10 de novembro, no Rio de Janeiro, como parte de uma série de protestos em capitais brasileiras.
“Vidas são ceifadas, mas a fé não se enterra. Cada mártir vira semente”, resumiu Martini, encerrando o evento sob aplausos. Assista:
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