Os cristãos norte-coreanos enfrentam situações extremas que são inimagináveis para o mundo ocidental: além da severa perseguição, que é feita na forma de repressão pelo próprio governo do país, há também a miséria que resulta dos regimes comunistas. E neste Natal, muitos seguidores de Jesus no país estão enfrentando o frio e a fome.
A história recente da Coreia do Norte tem um episódio marcante em 1990, quando milhares de cidadãos do país morreram de fome devido a uma grave crise de abastecimento de alimentos. 20 anos depois, muitos norte-coreanos ainda enfrentam problemas similares.
Nesse contexto, a Missão Portas Abertas emitiu um comunicado pedindo orações pelos irmãos em Cristo da Coreia do Norte: “Estamos nos aproximando do Natal. Um período de fartura, receitas saborosas, cheirosas e repletas de memórias felizes com a família. No entanto, para nossos irmãos na fé na Coreia do Norte, o cenário é muito diferente”.
“Diante do cenário de escassez de recursos, as autoridades exigiram que mais pessoas trabalhassem nas plantações. O trabalho na agricultura costuma ser muito difícil, com jornadas longas de trabalho duro e, com frequência, de estômago vazio. Os agricultores enfrentam a falta de pessoas para trabalhar no campo ainda mais sem a garantia do alimento durante o trabalho”, acrescenta o comunicado, contextualizando o cenário do país.
Há anos a Coreia do Norte lidera o ranking de maior hostilidade aos cristãos em todo o mundo, já que os seguidores de Jesus são vistos pela dinastia que comanda o país como uma ameaça real: “Vistos como inimigos do Estado, se descobertos pelas autoridades, cristãos são enviados para campos de trabalho forçado como prisioneiros políticos, onde as condições são cruéis. Eles podem até mesmo serem mortos apenas por seguirem a Jesus”.
Os relatos dos parceiros da Portas Abertas que atuam como missionários silenciosamente no país são inspiradores: “Há testemunhos de cristãos norte-coreanos que compartilham alimentos, remédios e outros itens de necessidade básica, mesmo que a comida não seja suficiente para eles próprios”, resumiu Simon, um parceiro da entidade, usando um pseudônimo por razões de segurança.
“Muitos cristãos secretos norte-coreanos precisam ir para a China em busca de alimentos e recursos para família. Nossos parceiros locais atuam distribuindo alimentos para esses refugiados que entregam para outros cristãos norte-coreanos quando regressam à Coreia do Norte. Dessa forma, nossos irmãos na fé poderão ter no Natal e depois dele o alimento de que tanto carecem”, diz a entidade.
A Missão Portas Abertas está mobilizando a Igreja de Cristo em diversos países para levar alimento para cristãos norte-coreanos: “Você pode matar a fome de cristãos norte-coreanos. Ao receberem alimentos de nossos parceiros em terras chinesas, eles voltam para a Coreia do Norte para alimentar suas famílias e vizinhos. Neste Natal, doe esperança!”, encerra o comunicado.
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