Aposentado há um ano, Kaká foi dos grandes jogadores de futebol em todo o mundo, com grande destaque na imprensa. Melhor do mundo em 2007 e campeão do Mundo com a Seleção Brasileira em 2002, além de outros títulos pelos clubes que defendeu, o ex-atleta ficou conhecido como o evangélico que se casou virgem. Hoje, frisando que não faria nada diferente, diz que optaria por uma maior discrição.
Kaká concedeu entrevista ao programa Grande Círculo, do canal SporTV, no último sábado, 29 de dezembro, e foi questionado sobre o propósito de ter se casado virgem. Para o ex-jogador, a estratégia hoje seria diferente por causa das redes sociais.
“Hoje, eu faria diferente. Tem algumas coisas que hoje, principalmente com rede social, com essas plataformas em que você é o comunicador e acaba atingindo um número grande de pessoas, a gente deve realmente manter a privacidade. Não me arrependo da forma como cheguei ao meu casamento [virgem], mas hoje é uma coisa que eu me resguardaria um pouco mais, para me preservar de especulação ou brincadeiras, coisas que realmente são desnecessárias”, afirmou.
Por muito tempo, o jogador foi alvo de piadas sobre a virgindade e em alguns momentos se tornou motivo de chacota, pois essa escolha por esperar pelo casamento era uma convicção ligada diretamente com sua fé cristã. Em outro trecho do programa, Kaká relembrou que sofreu uma certa perseguição por pessoas da imprensa por declarar-se evangélico e comemorar seus gols agradecendo a Deus.
“Eu sempre falei da minha fé, sempre foi público, porque eu não conseguia separar o Kaká pessoal do Kaká profissional. Isso acabou sendo uma grande virtude para mim. Porque as pessoas que me veem aqui, falando, vão saber que é a mesma pessoa que está ali atrás fora das câmeras. Isso acabou me ajudando muito”, pontuou.
“Sempre tive algumas oposições, algumas críticas em relação a isso. A escolha que eu fizesse, eu seria criticado por algumas pessoas. E aí, por que eu quero ser criticado? É a escolha que a gente tem que fazer. A crítica vai vir de qualquer jeito. Ou porque é festeiro, ou porque não sai nunca. E nesse caso valeu a pena, porque era quem eu era, quem eu sou. E para mim sempre foi muito fácil falar sobre isso, porque é o que eu realmente sou. E quanto aprendi escolher pelo que eu queria ser criticado, ajudou bastante”, acrescentou o ex-jogador.
Ao final, Kaká expressou gratidão pela carreira vitoriosa: “Cheguei muito mais longe do que eu poderia imaginar. Na minha ideia, na minha cabeça, eu queria ser jogador profissional do São Paulo e vestir a camisa da seleção uma vez que fosse. Eu nunca sonhei em ser o melhor jogador do mundo, por exemplo, mas as coisas foram acontecendo e chegou um momento que dava para sonhar. Sou muito feliz, muito grato com a minha carreira”.