O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quinta-feira (6) um decreto voltado ao combate ao que classificou como “preconceito anticristão”.
A medida estabelece uma força-tarefa com o objetivo de eliminar ações de discriminação e perseguição contra cristãos dentro do governo federal. O decreto determina que qualquer conduta considerada ilegal ou inadequada nesse sentido seja identificada e corrigida.
“Minha administração não permitirá o uso indevido do governo contra cristãos nem tolerará condutas ilegais direcionadas a eles. A legislação garante a liberdade dos americanos e dos grupos religiosos para exercerem sua fé em paz, e meu governo fará valer essa proteção. Qualquer política ou prática que ataque os cristãos será investigada e interrompida”, afirma o documento assinado por Trump.
O ex-presidente já havia anunciado a medida algumas horas antes da assinatura. Durante seu pronunciamento, destacou que a procuradora-geral Pam Bondi, nomeada para liderar a iniciativa, será responsável por coordenar as ações da nova força-tarefa.
“Hoje, estou assinando um decreto que tornará Pam Bondi — uma excelente pessoa, será uma ótima procuradora-geral — a chefe da nova força-tarefa para erradicar o preconceito anticristão”, declarou Trump, segundo relato de Betsy Klein, da CNN.
Perseguição
Em 2024, a perseguição aos cristãos atingiu níveis alarmantes, conforme apontam diversos relatórios internacionais. De acordo com a organização Portas Abertas, mais de 365 milhões de cristãos em todo o mundo enfrentam altos níveis de perseguição e discriminação devido à sua fé, representando um aumento em relação aos 360 milhões registrados no ano anterior.
A Coreia do Norte mantém-se como o país mais perigoso para os cristãos, seguida pela Somália e Líbia. O número de países com perseguição classificada como extrema aumentou de 11 para 13, com a inclusão da Síria e Arábia Saudita nesse nível.
GUIAME.COM.BR
Os ataques a igrejas, escolas cristãs e hospitais registraram um aumento significativo, passando de 2.110 incidentes em 2023 para 14.766 em 2024, um crescimento de quase sete vezes. Além disso, o número de cristãos mortos em ataques relacionados à fé foi de 4.998, embora especialistas acreditem que esse número possa ser maior devido a casos não relatados.
Esses dados ressaltam a crescente preocupação com a liberdade religiosa e a segurança das comunidades cristãs em diversas partes do mundo.