Um cristão que trabalhava como motorista de ônibus e se recusou a conduzir um coletivo pintado com as cores do ativismo gay e com o lema do movimento foi demitido da função.
Jesse Rau estava prestes a completar um ano como motorista da empresa municipal de transportes de Calgary, na província de Alberta (Canadá), e, quando foi escalado para dirigir o ônibus decorado com o “orgulho gay”, procurou a gerência e se recusou, alegando que aquilo era contra seus princípios.
De acordo com informações do Christian Post, dias depois a empresa o demitiu: “Era algo 100% esperado. Eu esperava que meu trabalho estivesse totalmente por um fio. O fato de eles me demitirem é doloroso, mas… Eu sabia que estava sobre a mesa”, afirmou o motorista ao jornal Calgary Herald.
A imprensa local destacou ainda que ele estava prestes a concluir o período de experiência. Na carta de rescisão, a prefeitura determinou que o status de “não recontratar” seria aplicado ao caso de Rau, e alegou que a postura do profissional perante a mídia foi determinante para sua demissão, e não suas crenças.
“Você foi além e fez comentários falsos e enganosos durante várias entrevistas para a mídia, o que resultou em uma controvérsia indevida e colocou a reputação da cidade em risco”, dizia a carta.

A polêmica com o motorista se estendeu, e a prefeitura o acusou de apologia ao nazismo, por causa de uma imagem publicada por ele, que mostra um soldado do regime totalitário atirando contra um judeu, que protegia uma criança em suas costas.
Rau nega, e diz que a imagem, obviamente, é antinazista: “Eles não entenderam a foto. Eu acredito que nós estamos perdendo nossas liberdades no Ocidente”, lamentou.
Como consequência da postura adotada por ele, agora a direção da empresa de transportes resolveu perguntar aos motoristas se eles concordam em trabalhar no ônibus temático do ativismo gay: “Isso é incrível. Era assim que deveria ter sido feito antes”, comemorou Rau.