A chapa de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) em sua tentativa de chegar ao Palácio do Planalto no dia 01 de janeiro de 2019 ainda não está formada, mas o pré-candidato já elegeu quem quer como vice: o senador Magno Malta (PR-ES).
Malta recebeu o convite formal de Bolsonaro, e boa parte da imprensa enxerga na parceria uma estratégia do deputado para conseguir tempo de TV, já que sem o PR na coligação, o tempo de TV do presidenciável seria de menos de 10 segundos. Se a cúpula do partido aceitar a oferta, e Magno Malta topar ser candidato a vice, o tempo de Bolsonaro subiria para 45 segundos.
“Tenho conversado com o Magno não é de hoje. Acho um excelente parlamentar. E logicamente, se prosperar nossa ideia de disputar a convenção agora para presidente da República, o Magno Malta, se quiser somar conosco, da minha parte está fechado”, afirmou Bolsonaro ao Estadão. “Já conversei com ele, mas não aprofundamos detalhes”, acrescentou.
Magno Malta, descrito por Malafaia como um dos políticos evangélicos de maior prestígio, é conhecido por sua jornada de combate à pedofilia e tentativa de redução da maioridade penal, como forma de punir adolescentes que cometem crimes graves e saem impunes por conta da legislação atual.
No PR, Magno Malta vem sendo o principal interlocutor de Bolsonaro, defendendo a aliança na candidatura ao Planalto. Outro que abraça a mesma ideia é o ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP), que lidera a legenda e renunciou ao mandato após ser acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no mensalão.
Para o deputado federal Delegado Fernando Francischini (PSL-PR), caso Malta não aceite o convite para tentar a reeleição ao mandato de senador, já existe um plano alternativo: “Se não for o Magno, a ideia é que seja alguém do PR do Nordeste”, disse.
Francischini – que possui forte presença nas redes sociais e trabalha como um dos coordenadores da pré-campanha de Bolsonaro – acredita que o PR do Nordeste possui muitos filiados na região com perfil parecido com o que Bolsonaro procura, mas mantém os nomes estudados em segredo.
Da parte do PSL, a ideia para convencer o PR a aceitar a coligação está na chance de fazer o partido alcançar um grande número de parlamentares eleitos, já que há a aposta que o vínculo com a candidatura de Bolsonaro possa atrair votos.