Em outubro de 2020, o governo do então presidente Jair Messias Bolsonaro resolveu dar um passo importante na direção em defesa da vida, deixando claro para o mundo que o Brasil é um país de maioria conservadora e, portanto, contrário ao aborto. Essa postura, no entanto, acaba de ser revogada.
Isso porque, o governo Lula resolveu retirar o Brasil da aliança, intitulada “Declaração do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Mulher”, assinada pela gestão anterior.
Segundo a nova administração petista, o governo “decidiu atualizar o posicionamento do país”, alegando que a Declaração do Consenso de Genebra possui um “entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família”, informou a Istoé.
Contra o aborto
A declaração, de fato, assinada por Bolsonaro no segundo ano do seu mandato, afirma que “não há direito internacional ao aborto nem qualquer obrigação internacional por parte do Estados de financiar ou falicitar o aborto”.
Por meio das redes sociais, parlamentares e autoridades do ex-governo lamentaram a saída do Brasil da aliança internacional. O senador Flávio Bolsonaro, por exemplo, disse que é um “retrocesso” a nova decisão, dizendo que a Declaração é uma iniciativa “pró-vida, formada por países que lutavam por uma saúde melhor para as mulheres”.
A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, também criticou o governo Lula por essa nova postura. “Alguém esperava que fosse diferente?”, questionou a senadora eleita pelo Distrito Federal.
“Lula acaba de enfraquecer a política pró-vida no Brasil”, protestou a ex-ministra, reforçando a noção de que o novo presidente da República, de fato, vem contrariando uma carta dirigida ao público evangélico durante a sua campanha, onde afirmou que não promoveria pautas em prol do aborto.
Recentemente, o pastor Silas Malafaia também veio a público demonstrar indignação com a postura do novo governo, apontando contradição no discurso em defesa da vida.
“Como é mentiroso, cínico e faz tudo para enganar o povo para os seus interesses, mudou o discurso e ainda teve a cara de pau de escrever uma carta para os evangélicos”, disparou o líder religioso, em referência ao presidente da República.