Uma igreja evangélica da cidade de Porto Sauípe, litoral norte da Bahia, está sendo acusada de pregar o assassinato de homossexuais e virou alvo de uma investigação do Ministério Público Estadual.
A polêmica placa adapta o versículo 20 do capítulo 13 de Levítico: “Se um homem tiver relacionamento com outro homem, os dois deverão ser mortos por causa desse ato nojento; Eles serão responsáveis pela sua própria morte”.
De acordo com informações do Correio 24 Horas, a placa, afixada na fachada do templo da Congregação Batista Bíblica Salem, tem sido um dos assuntos mais comentados na cidade. “Eu fico assustado de ser gay e morar aqui em Porto de Sauípe. Quem escreve uma frase dessas e coloca na porta de uma igreja é capaz de fazer qualquer coisa”, comentou um homossexual que pediu anonimato.
A reportagem do portal entrevistou ainda uma lésbica, que afirmou que há tensão na região por causa da placa da igreja: “A qualquer momento podemos ser atacadas por uma dessas pessoas. Nossa região sempre foi de paz. Nunca teve dessas coisas de agressão por conta de orientação sexual”, pontuou.
Em uma segunda placa, há outra frase divulgada pela igreja que diz que “você é livre para fazer suas escolhas, mas não é livre para escolher as consequências”.
A promotora Márcia Teixeira, que coordenada o Centro de Apoio dos Direitos Humanos do Ministério Público da Bahia, revelou que a denúncia foi encaminhada ao promotor criminal responsável pela região. Após uma análise, um inquérito policial pode ser aberto.
O pastor responsável pela denominação, Milton Santos, afirmou ao Blasting News que “a intenção da publicidade não é incentivar agressões aos homossexuais, mas sim demonstrar a insatisfação de Deus com a vida que estas pessoas escolheram”.
“Os gays não devem ser mortos, devem ser salvos, pois já estão mortos espiritualmente”, disse Santos.