Na última quarta-feira, 11 de junho, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que os todos os integrantes da Corte admiram o regime chinês comandado por Xi Jinping pela suposta eficácia na regulação das redes sociais.
“Não importa a cor do gato, mas que ele cace o rato”, disse Gilmar Mendes ao elogiar a ditadura chinesa comandada por Xi Jinping. Na China, o acesso a determinados sites é bloqueado pelo governo, e as redes sociais monitoram todas as publicações dos usuários.
A declaração, no entanto, foi corrigida pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que o alertou que a autoria da frase é de Deng Xiaoping, um líder chinês que governou o país durante os anos 1980.
O comentário de Gilmar Mendes ocorreu durante o julgamento sobre o Marco Civil da Internet, que analisa a responsabilidade das plataformas digitais por conteúdos publicados por usuários.
Nas redes sociais, pastores se manifestaram em protesto contra a declaração do ministro, que é o decano do STF. Renato Vargens, pastor da Igreja Cristã da Aliança, usou o X para expor sua repulsa à declaração:
“Somos admiradores do regime chinês”, afirmou Gilmar Mendes durante o julgamento da censura das redes sociais. Diante disto falar o que? Comentar o que? Em breve todos seremos censurados”, lamentou Vargens.
Em seguida, voltou a cobrar – como já havia feito recentemente – figuras como Ed René Kivitz, Ariovaldo Ramos e Antonio Carlos Costa, que assumiram papel de defensores da ideologia de esquerda e não contestam o cenário atual no Brasil: Outra coisa: cadê os ‘ongueiros, os defensores dos direitos humanos e da liberdade’? Seguem silentes, né?”.
Franklin Ferreira, autor de Contra a Idolatria de Estado, foi sucinto ao compartilhar uma charge a respeito da declaração do decano do STF: “Vamos defender a democracia! ‘Como?’ Implementando o modelo chinês de censura”.
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