Aos 98 anos de idade, o evangelista Billy Graham continua levando a Palavra de Deus às pessoas através de um espaço de perguntas e respostas. Na mais recente interação com seus leitores, fez um sério alerta contra um senso comum e, de quebra, sutilmente, teceu uma severa crítica à teologia da prosperidade.
Um leitor enviou a seguinte pergunta ao site da Associação Evangelística Billy Graham: “Por que Deus abençoa pessoas egoístas e maldosas? Algumas das pessoas mais mesquinhas e egoístas que eu conheço tiveram muito sucesso e ganharam muito dinheiro. Como você explica isso? Por que Deus abençoa as pessoas assim, e ainda assim Ele parece ignorar as pessoas boas?”.
Billy Graham, sabiamente, esclareceu que esse pensamento não é raro e, na Bíblia, apontou uma passagem que mostra o quão antiga pode ser essa dedução: “Você não é a primeira pessoa a fazer esta pergunta, nem será a última – porque às vezes parece que Deus ‘abençoa pessoas que não merecem’. Há séculos, o profeta Habacuque clamou a Deus, questionando: ‘Por que o Senhor tolera o mal? […] Por que está calado enquanto os ímpios engolem os mais justos do que eles?’ (Habacuque 1: 3, 13)”, contextualizou.
Na sequência, Graham frisou que nem tudo é realmente benção divina: “A Bíblia realmente não responde a todas as nossas perguntas sobre os caminhos de Deus; Somente na eternidade nós os entenderemos tudo. Mas a Palavra de Deus nos faz lembrar de três verdades importantes, das quais facilmente esquecemos”, disse, sugerindo uma perspectiva diferente sobre o assunto: “Primeiro, ela nos lembra que a prosperidade financeira não é necessariamente um sinal das bênçãos de Deus. Na verdade, algumas das pessoas mais infelizes que conheci ao longo dos anos eram muito ricas e ainda assim suas vidas estavam vazias”, afirmou.
“Em segundo lugar, a Bíblia nos lembra que as maiores bênçãos da vida vêm pelo conhecer a Cristo e andar com Ele todos os dias. Uma pessoa pode ser pobre no que diz respeito aos bens deste mundo, mas muito rica se conhecer Cristo. Jesus disse: ‘Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados’ (Mateus 5: 6)”, pontuou Graham, antes de concluir mostrando o quão passageira pode ser a riqueza material.
“Finalmente, a Bíblia nos lembra que algum dia todos estaremos diante de Deus. Nesse dia, não será avaliado o tamanho de nossa conta bancária ou a importância de nossos empregos. Só nos será feita uma pergunta: ‘Você colocou sua fé e confiança somente em Cristo para a sua Salvação?’ Não seja invejoso com relação aos bens materiais dos outros, mas certifique-se de seu compromisso com Cristo”.