O pastor Paul Washer afirmou que as igrejas precisam adotar uma postura mais “militante” em suas missões. Durante uma sessão de perguntas e respostas na Shepherds Conference, ele discutiu o estado das missões na igreja.
Fundador da HeartCry Missionary Society, uma agência missionária, Paul Washer lembrou das características dos movimentos missionários passados, destacando a necessidade de um foco mais intenso no Evangelho.
Ele mencionou que, em movimentos missionários históricos, como os que geraram figuras como Amy Carmichael, a igreja adotava uma postura mais militante, no sentido de ser focada e determinada, sem envolvimento político:
“A igreja era militante para levar o Evangelho”, afirmou Washer, ressaltando que a adoração na época refletia esse compromisso, contrastando com a adoração contemporânea, que muitas vezes tem um foco mais centrado no “eu” do que no “nós”.
Washer também enfatizou a importância de os pastores apresentarem aos jovens a ideia de que a vida e a morte podem ter um propósito maior. Ele incentivou que os pastores chamassem os jovens para uma “mentalidade de guerra”, lembrando-os de que há grandes feitos a serem realizados e que os homens foram feitos para lutar por algo eterno e incorruptível.
Além disso, Washer destacou que a pregação no púlpito desempenha um papel crucial em inspirar os homens a se dedicarem à missão: “É a pregação que vai inspirar os homens a largarem seus telefones e irem para o campo”, afirmou.
Outro participante da sessão, Abner Chou, professor associado de estudos bíblicos no Master’s College and Seminary, abordou a importância de energizar os seminários para incentivar a atividade missionária. Ele relatou como, quando era calouro, um aluno mais velho o levou para fazer evangelismo ao ar livre, uma experiência que lhe permitiu entender e apaixonar-se pela missão.
Chou também argumentou que muitos jovens, especialmente aqueles em seminários, têm uma visão limitada do mundo, comparando a perspectiva deles a uma “tela de 2 por 5 polegadas”. Ele sugeriu que os seminários devem lembrar aos alunos de que há um plano maior que vai além de suas próprias preocupações pessoais, e que a missão global deve ser um foco central.
Além de Washer e Chou, o painel contou com Conrad Mbewe, pastor da Kabwata Baptist Church em Lusaka, Zâmbia, e Joel Beeke, chanceler do Puritan Reformed Theological Seminary. Mark Tatlock atuou como moderador da discussão, segundo informações do The Christian Post.
Na sexta-feira, como parte da conferência, Washer pregou sobre a importância da oração pessoal para os pastores, afirmando que a oração “triunfa sobre o sono” e é fundamental para o cumprimento da Grande Comissão: “Esta Grande Comissão não irá a lugar nenhum sem oração”.