Quando a Reforma Protestante teve entre as suas principais reivindicações a defesa da autoridade bíblica acima do falso ensino da suposta “infabilidade papal”, não foi por acaso, tendo em vista os inúmeros erros cometidos pelos papas ao longo da história, como tem ocorrido atualmente com o Papa Francisco, o qual tem sido criticado até mesmo por líderes e apologistas católicos.
Um dos ensinos heréticos, isto é, contrários à Bíblia sagrada, ensinados pelo Papa Francisco recentemente, envolve a ideia do no que na Teologia é chamado de “universalismo”.
O universalismo prega que não faz diferença qual religião, crença, você possua, pois Deus salvará todos os seres humanos, incluindo os que não acreditam em Jesus Cristo como sendo o único caminho, a verdade e a vida, como ensina a Bíblia em João 14:6.
Foi exatamente esse ensino herético que o Papa Francisco defendeu ao falar para com jovens no Catholic Junior College, em Singapura, durante um evento sobre diálogo inter-religioso realizado em setembro desse ano. Desde então, a declaração do líder máximo da Igreja Católica Apostólica Romana vem repercutindo negativamente.
O Papa perguntou aos jovens: “Se começardes a discutir: ‘A minha religião é mais importante do que a tua’, para onde é que isso vos leva?”, respondendo ele mesmo em seguida: “Todas as religiões são um caminho para chegar a Deus […] são como línguas diferentes, diversos idiomas, para chegarmos lá. Mas Deus é Deus para todos”.
“Só existe um Deus, e cada um de nós tem uma linguagem para chegar a Deus. Alguns são xeques, muçulmanos, hindus, cristãos, e eles são caminhos diferentes [para Deus]”, reforçou Francisco.
Pastor reage
Com quase 1 milhão de seguidores apenas no Instagram, o pastor Teofilo Hayashi comentou a fala de Francisco, dizendo que o líder católico transmitiu um ensino enganoso, visto que vai além do que significa o simples diálogo inter-religioso.
Isso, porque, o diálogo inter-religioso não exclui a capacidade dos representantes das diferentes religiões defenderem, ao seu modo, a exclusividade das suas doutrinas. Trata-se, portanto, apenas da capacidade de dialogar com os diferentes credos de modo respeitoso e compreensivo.
O que o líder católico afirmou, no entanto, vai muito além, pois é a defesa do universalismo, que na prática dissolve o ensinamento bíblico sobre o plano salvífico de Deus através de Jesus Cristo, e somente Ele.
“Segundo o Papa Francisco, Jesus Cristo não é o único caminho que leva a Deus. Se ele quer seguir a doutrina universalista, tudo bem, mas ele não pode representar a fé cristã”, afirmou Hayashi, citando como um dos fundamentos bíblicos a passagem de João 3:16.
O pastor também rebateu a fala de que “todos somos filhos de Deus”, mostrando que a Bíblia não apoia este ensino, uma vez que ela condiciona o conceito de filho apenas aos que creem em Jesus Cristo. O certo é dizer que “todos nós somos criaturas de Deus”, até nos tornarmos filhos espirituais pro meio da fé em Cristo, explica o pastor.
Hayashi lembrou ainda que é graças à leitura da Bíblia que nós, cristãos, podemos atualmente confrontar os ensinamentos errôneos dos líderes religiosos, uma conquista herdada da Reforma Protestante.
Católicos reagem
A fala do Papa também foi rebatida pelo apologista católico Trent Horn, que a classificou como a propagação da “heresia do pluralismo ou do indiferentismo religioso”. Para ele, “o indiferentismo é especialmente insidioso porque faz dos mártires cristãos tolos, já que eles poderiam ter ido para o céu mesmo aceitando falsas religiões”.
O padre Calvin Robinson, que lidera uma igreja no oeste de Michigan (EUA), também criticou o Papa, dizendo que a sua fala foi “uma declaração contra as Escrituras. As Escrituras nos ensinam o oposto. O portão para o Céu é estreito”. Assista:
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