A 75ª Assembleia Geral da ONU foi aberta nesta terça-feira, 22 de setembro, com um discurso do presidente brasileiro, como tradicionalmente acontece todos os anos. Em sua fala de pouco mais de 14 minutos, Jair Bolsonaro abordou temas nos quais o Brasil está diretamente ligado, e pediu empenho no combate à cristofobia.
Ao longo do discurso, Bolsonaro indicou que o governo brasileiro não dispensa o bom relacionamento com as nações que formam a ONU, mas enfatizou que tem priorizado o relacionamento com países que “respeitem nossa soberania e prezem pela liberdade e proteção de dados”, numa referência aos muitos questionamentos que se fazem no âmbito internacional sobre a China.
“A paz não pode estar dissociada da segurança; a cooperação entre os povos não pode estar dissociada da liberdade”, enfatizou em outro momento, quando fez a transição para o tema da perseguição religiosa. “O Brasil está preocupado e repudia o terrorismo em todo o mundo”, acrescentou Bolsonaro.
Nos últimos anos, a ascensão do Estado Islâmico, grupo extremista muçulmano, vinculou de forma quase indissociável a prática do terrorismo com a intolerância religiosa.
“A liberdade é o bem maior da humanidade. Faço um apelo a toda comunidade internacional pela liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia”, declarou Jair Bolsonaro, que em seguida celebrou os acordos de paz costurados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entre nações árabes e Israel.
Ao final, o mandatário reiterou valores que fizeram plataforma de sua campanha vitoriosa nas eleições de 2018 como parte da identidade nacional: “O Brasil é um país cristão e conservador, e tem na família a sua base. Deus abençoe a todos”.