Uma denúncia contra o pastor Davi Passamani, da igreja CASA, em Goiânia (GO), vem sendo repercutida nas redes sociais, e um dos músicos do ministério, Léo Brandão, declarou que toda a congregação está “sofrendo muito” com as acusações de assédio.
No Twitter, uma jovem médica veterinária chamada Gabriella Palhano acusou o pastor Davi Passamani de assediá-la sexualmente. Em resposta, o conselho pastoral da CASA informou no último sábado, 28 de março, que o líder do ministério está afastado “há semanas” e tem se submetido a “tratamento médico especializado e cuidados em família”.
Numa longa sequência de publicações, Palhano expõe detalhadamente o assédio, dizendo que no começo não entendeu o que se passava, mas que posteriormente sentiu repulsa. “Ele começou a falar que queria sentir meu beijo e começou a falar de um sonho que teve comigo, horrível, por sinal, nojento… Vocês devem imaginar o sonho. Então eu disse que tinha que desligar e comecei a chorar muito e ele continuava mandando mensagem”, escreveu a veterinária.
Segundo o relato, os pastores associados da CASA a aconselharam a abafar o caso, pois as ações do pastor seriam “o diabo usando a boca dele e que tudo que o diabo queria era destruir aquela igreja”. Ela diz ainda que foi aconselhada a apagar as fotos e vídeos que possuía e “seguir em frente” pelo seu bem e dos fiéis.
Com aconselhamento do namorado, descrito como estudante de Direito, ela teria gravado uma video-chamada que Passamani fez com ela, pedindo que ela se tocasse, e que mesmo depois disso, chegou a ir a um culto onde teria perdoado o pastor. A escolha foi feita com uma condicional: “Se eu descobrir que ele estava fazendo novamente, vou contar para todo mundo”.
Ela teria descoberto novos casos e, então, se afastou da igreja por sete meses, onde buscou aconselhamento com o pastor Anderson Silva, que teria recomendado o registro de um Boletim de Ocorrência (B.O.) para que a Justiça pudesse agir. Palhano, no entanto, disse que a “justiça no Brasil nem presta” e por isso, não o denunciou.
Sua meta, assumida, é atingir o ministério por conta da postura atribuída por ela à liderança: “Eu só estou esperando mais pessoas terem coragem como eu to tendo pra acabar com essa igreja, os fiéis não tem culpa mas os pastores todos sabem! E é isso galera! Na hora certa tudo se aparece!”.
Tristeza
Léo Brandão, um dos integrantes do Ministério Casa Worship, foi confrontado nas redes sociais por um usuário do Instagram, que questionou as medidas sobre o caso. “E o assédio?”, perguntou.
Em resposta, o vocalista disse que o caso não está sendo abafado: “Você quer julgar toda uma igreja? Não fale mentiras! Não acobertamos ninguém e estamos sofrendo muito com tudo isso. Não compactuamos. Que fique claro”, escreveu Brandão.
Tudo começou quando eu fui pedir ajuda pra ele e a esposa dele para arrecadar alimentos e doar para caridade, eu fazia parte da igreja. Uma semana dps ele teve a AUDÁCIA de pedir pra q um pastor da igreja ligasse pro meu namorado pedisse meu número dizendo q a mulher dele +
— Gabriella Palhano♌ (@gabipalhano_) March 28, 2020