A missionária Doris Pearl Johnson, referência histórica das Assembleias de Deus no Brasil e cofundadora da Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus (EETAD), faleceu aos 93 anos, após décadas dedicadas ao trabalho evangelístico e à formação teológica.
Seu legado inclui mais de 60 anos de atividades ininterruptas, mesmo após o falecimento de seu marido, o pastor Bernhard Johnson Jr., no ano de 1995.
Nascida na década de 1930 em Detroit, Michigan (EUA), Doris cresceu em um lar humilde durante a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. Filha primogênita de Oscar e Elizabeth Puckett, enfrentou adversidades precoces: a morte da mãe biológica na adolescência deixou a família fragmentada, até que o pai se casou com Juanita, que reuniu os oito irmãos Puckett novamente.
Sob incentivo paterno, Doris tornou-se pianista clássica após anos de estudos rigorosos. Em 1951, no Central Bible College, conheceu Bernhard Johnson Jr., filho de missionários no Brasil. O casamento marcou o início de uma parceria ministerial que se estendeu por décadas.
Trajetória ministerial:
O casal Johnson fixou-se no Brasil, onde fundaram a EETAD, instituição-chave para a formação pastoral das Assembleias de Deus. Doris atuou como educadora, musicista e missionária, contribuindo para a expansão da denominação.
Após a morte de Bernhard, ela manteve o ministério ativo, tornando-se a missionária mais idosa em atividade vinculada à Missão Americana.
Doris e Bernhard tiveram três filhos: David, Terry e Elizabeth. Seu trabalho na EETAD influenciou gerações de líderes religiosos, com ênfase na educação teológica e na música sacra. A escola emitiu nota destacando seu “longuíssimo e profícuo ministério”, referindo-se a ela como “matriarca” da instituição.
Declarações
A EETAD publicou: “Ela combateu o bom combate, guardou a fé e agora aguarda a ressurreição”. Apesar da linguagem religiosa, o impacto social de seu trabalho é reconhecido além das fronteiras eclesiásticas, com menções a seu papel na estruturação do ensino teológico brasileiro.