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O pastor evangélico Leonardo Sale relatou em live nas redes sociais (vídeo acima) a morte de seu filho, Lion, horas após o nascimento. O bebê, prematuro, faleceu após complicações no parto relacionadas a descolamento prematuro de placenta.
O caso ilustra desafios amplos da mortalidade neonatal, que atinge cerca de 2,3 milhões de crianças globalmente por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Leonardo descreveu que acordou com sua esposa, Cássia, sangrando intensamente em casa. No hospital, ela foi submetida a cesariana de emergência, mas o bebê nasceu sem batimentos cardíacos.
Após 14 minutos de reanimação, Lion teve quatro paradas cardíacas em 24 horas e não resistiu. “Se chegássemos mais tarde, Cássia também estaria em risco”, afirmou o pastor, que já tem outros dois filhos.
Mortalidade Neonatal
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Principais Causas:
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Prematuridade (35% dos casos): Principal fator, associada a complicações pulmonares e cerebrais.
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Complicações no parto (24%): Incluem descolamento de placenta, asfixia perinatal e infecções.
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Malformações congênitas (19%): Defeitos cardíacos ou genéticos não detectáveis precocemente.
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Infecções (12%): Sepse neonatal e pneumonia.
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Outros (10%): Restrição de crescimento intrauterino, doenças maternas não tratadas.
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Dados no Brasil:
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Taxa de mortalidade neonatal: 7,8 óbitos por 1.000 nascidos vivos (Ministério da Saúde, 2023).
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Prematuridade: Responsável por 60% das mortes no primeiro mês de vida (dados UNICEF).
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“Lion nasceu em sofrimento. Se sobrevivesse, teria sequelas permanentes”, disse Leonardo Sale. Sobre o descolamento da placenta, explicou:
“A placenta se soltou antes do parto, cortando o oxigênio do bebê”. O caso reflete uma emergência obstétrica comum: o descolamento responde por 15% das mortes neonatais no país, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Avanços e desafios
Apesar da redução de 40% na mortalidade neonatal global desde 2000 (OMS), países de baixa e média renda ainda concentram 98% dos óbitos. No Brasil, a Atenção Primária ampliou o pré-natal, mas desigualdades regionais persistem: no Norte, a taxa de mortalidade neonatal é 42% maior que no Sudeste.
Leonardo Sale e Cássia planejam campanhas de conscientização sobre pré-natal de risco. Enquanto isso, o Ministério da Saúde mantém programas como o “Nascer no Brasil”, que monitora partos prematuros.