Desde o início da pandemia muitas igrejas reagiram à crise com um plano para servir aos fiéis de várias maneiras. Uma pesquisa constatou que a maioria dos cristãos está extremamente orgulhosa com a forma como sua congregação lidou com a situação.
O instituto Lifeway Research publicou estudo que aponta que quase 9 em cada 10 fiéis (86%) dizem estar orgulhosos de como sua igreja respondeu durante a pandemia do coronavírus, com 58% concordando fortemente. Apenas 9% discordam das iniciativas de sua congregação.
Inversamente, poucos (12%) dizem que têm vergonha de como sua igreja respondeu à crise. Mais de 4 em 5 (84%) discordam do sentimento de vergonha, com 73% discordando totalmente.
O estudo, porém, aponta que parte dos membros mais jovens tem maior tendência em enxergar a postura da igreja durante a pandemia como vergonhosa. 26% dos jovens adultos com idades entre 18 e 29 anos acreditam que a congregação agiu errado.
“Os pastores ouviram sua parcela de dúvidas sobre como lidaram com a resposta de sua igreja ao COVID-19”, disse Scott McConnell, diretor executivo da Lifeway Research. “Mas a grande maioria dos fiéis concorda com as várias respostas de sua igreja, e poucos são críticos em geral”, pontuou.
Presença nos cultos
Em janeiro de 2021, metade dos fiéis (51%) não compareceu a nenhum culto presencial. Para alguns, isso se deve ao fato de que sua congregação não estava realizando cultos no templo, algo que tem acontecido durante toda a pandemia.
No começo do surto, entre o final de março e abril de 2020, menos de 1 em cada 10 igrejas realizavam cultos presenciais, de acordo com um estudo anterior da Lifeway Research entre pastores. Em junho do mesmo ano, no entanto, a maioria das igrejas estava se reunindo pessoalmente novamente.
Em setembro, 87% das igrejas realizavam cultos presenciais, mas isso caiu para 76% das igrejas em janeiro de 2021.
No último estudo, a Lifeway Research descobriu que comparecer pessoalmente não tem sido uma opção para quase um quarto dos fiéis (22%). Um em cada 5 (20%) diz que sua igreja interrompeu os cultos presenciais há meses e não retomou, enquanto 2% dizem que parou pela primeira vez recentemente e não retomou.
A maioria dos frequentadores relatou algum tipo de idas e vindas com a disponibilidade de cultos presenciais: três em cada 10 (31%) disseram que as celebrações foram interrompidas em sua igreja por um curto período de tempo e desde então foram retomados.
Outros 22% dizem que as reuniões foram interrompidas durante grande parte do ano, mas foram retomados. Cerca de 1 em cada 6 (17%) diz que os cultos presenciais em sua igreja pararam e começaram mais de uma vez. Poucos, apenas 1 em cada 20 fiéis (5%), dizem que sua congregação continuou a se reunir pessoalmente durante a pandemia.
“As experiências dos fiéis têm variado muito, porque suas igrejas têm respondido de maneira diferente ao impacto da pandemia em sua igreja e na comunidade local”, disse McConnell. “Uma grande minoria de fiéis frequentava uma igreja que não oferecia cultos presenciais na maior parte de 2020. Como janeiro ilustra, só porque uma igreja oferecia cultos presenciais não significa que todos os fiéis estavam dispostos a participar dessa forma com o coronavírus ainda circulando ativamente”, acrescentou o diretor do instituto de pesquisa.
Transmissões feitas por igrejas
Mais de 4 em 5 fiéis (85%) disseram que sua igreja ofereceu transmissão ao vivo do culto de adoração. Dentre os que dizem que os cultos foram transmitidos, 83% participaram. Apenas 12% dos frequentadores afirmam que sua igreja não oferece transmissão dos cultos.
A maioria dos que afirmam que sua igreja oferece transmissão ao vivo afirmam que colocaram o vídeo no site da igreja (55%). Metade (51%) disse que a igreja usava o Facebook Live. Cerca de um terço (34%) disse que estava no YouTube. Mais de 1 em 5 (22%) dizem que foi em uma ferramenta de videoconferência como o Zoom.
Cerca de 3 em cada 4 frequentadores da igreja (76%) dizem que sua igreja postou vídeos de cultos de adoração que podem ser assistidos a qualquer momento. Entre aqueles que dizem que sua igreja fornecia isso, 80% assistiam a um culto de adoração dessa forma. Cerca de 1 em 7 (15%) disse que sua igreja não oferecia isso.