Um homem de 47 anos que queimou uma Bíblia foi encontrado morto na cidade de Tianguá, no interior do Ceará, na quarta-feira, 14 de maio. Segundo informações da Polícia Civil, o corpo tinha marcas de tiro.
A vítima havia ganhado notoriedade na região da Serra da Ibiapaba após divulgar, em 4 de maio, um vídeo em que aparece queimando uma Bíblia. No vídeo, ele afirmou: “Isso aqui é uma bíblia, que dizem que é sagrada. Olha o que ela faz diante do fogo. Ela queima”.
De acordo com a Polícia Civil, a Bíblia utilizada no vídeo teria sido furtada. A corporação informou que investiga os crimes de furto, dano e vilipêndio de objeto de culto religioso, registrados no sábado, 10 de maio. Até o momento, não foi confirmado se há relação entre o assassinato e os fatos anteriores.
A Secretaria da Segurança Pública do Ceará informou, por meio de nota, que o homem possuía antecedentes criminais por lesão corporal dolosa. A investigação está sob responsabilidade da Delegacia de Tianguá, de acordo com o G1.
Ofensas recorrentes
A ocorrência em Tianguá remete a outros episódios envolvendo ofensas a símbolos cristãos. Em 2018, uma exposição no Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) causou controvérsia ao apresentar uma performance em que páginas da Bíblia foram rasgadas ou cobertas com desenhos de genitálias.
A mostra, intitulada “Tramações: Cultura Visual, Gênero e Sexualidades”, também incluía conteúdos relacionados ao aborto e a pautas associadas a movimentos feministas e LGBT. Estudantes cristãos da UFPE denunciaram o ocorrido e questionaram, em nota: “O desrespeito à religião de boa parte dos estudantes da UFPE é legitimado e apoiado pela instituição?”.