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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou que solicitará licença do cargo na Câmara dos Deputados para se dedicar à busca por sanções contra os violadores dos direitos humanos, com foco específico em críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e à Polícia Federal.
Em uma postagem nas redes sociais [vídeo acima], ele afirmou ser alvo de perseguições e acusou a Polícia Federal de atuar de forma similar à Gestapo, a polícia secreta do regime nazista.
“Solicito minha licença sem remuneração para poder me dedicar inteiramente a essa causa e buscar sanções contra os violadores de direitos humanos. Aqui, poderei me concentrar em buscar as punições justas que Alexandre de Moraes e a sua Gestapo da Polícia Federal merecem”, afirmou Eduardo Bolsonaro.
O parlamentar, que estava em destaque para assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), uma função que gerou contestações dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, declarou que seu foco agora será o apoio ao deputado Zucco (PL-RS), candidato à presidência do colegiado.
O deputado Zucco, por sua vez, contou com o apoio de Jair Bolsonaro, ex-presidente e pai de Eduardo. “A indicação do meu nome também foi endossada pelo presidente Jair Bolsonaro. Como sempre fui um bom soldado, vejo essa indicação como uma missão a ser cumprida”, disse Zucco.
Embora tenha reconhecido a complexidade da decisão, Eduardo Bolsonaro declarou que a licença seria a melhor forma de pressionar Alexandre de Moraes, visto que seu pai, Jair Bolsonaro, já foi condenado.
“Estamos buscando maneiras de pressionar Alexandre de Moraes a cessar o pacote de maldades que ele está promovendo. Não há como defender esse jogo no Brasil. Não importa quem você coloque para defender, seja Ruy Barbosa ou Jair Bolsonaro. Ele já está condenado”, afirmou, segundo o UOL.
O deputado destacou que, para enfrentar o que considera abusos de poder, será necessário tornar públicas as ações de Moraes, a fim de gerar um constrangimento e, quem sabe, até mesmo sanções contra ele.
“Será preciso expor o que ele está fazendo, as atrocidades que está cometendo, para gerar um constrangimento. E, talvez, até sanções, pois é aí que está o ponto vulnerável”, ressaltou.
“Decisão corajosa”
Parlamentares da base evangélica, como o deputado federal Sóstenes Cavalcante, classificaram a decisão de Eduardo como “corajosa” e importante para o atual momento do Brasil.
Por meio das redes sociais, Sóstenes elogiou o colega parlamentar, anunciando também uma coletiva de imprensa, junto a outros deputados, para demonstrar apoio público ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Minha total e irrestrita solidariedade à decisão corajosa e estratégica de @BolsonaroSP que, mais uma vez, demonstra seu compromisso inabalável com o Brasil ao abrir mão da presidência da Comissão de Relações Exteriores para seguir sua missão nos EUA.
— Sóstenes Cavalcante (@DepSostenes) March 18, 2025
Ainda hoje, darei uma coletiva de imprensa ao lado dos líderes da oposição e da minoria para esclarecer todos os detalhes e reforçar nosso compromisso com a verdade e a democracia. #ForçaEduardo @BolsonaroSP
— Sóstenes Cavalcante (@DepSostenes) March 18, 2025