Um cristão preso em 6 de fevereiro por agentes do Ministério da Inteligência do Irã está fazendo greve de fome em protesto contra a arbitrariedade imposta pelas autoridades do país.
Os agentes realizaram operações em diversas residências em Teerã, resultando na prisão de Nasser Navard Gol-Tapeh e Joseph Shahbazian, ambos líderes cristãos. As detenções ocorreram sem acusações específicas, e os dois foram transferidos para a prisão de Evin, na capital iraniana.
Relatos indicam que outros cristãos também foram detidos na mesma data. Nasser, que se converteu do islamismo ao cristianismo, já havia sido condenado a dez anos de prisão em 2017 sob a acusação de “agir contra a segurança nacional através da formação e estabelecimento de igrejas domésticas ilegais”. Ele foi libertado em outubro de 2022, após cumprir quase cinco anos da pena. Agora, após ser preso novamente, iniciou uma greve de fome em protesto contra sua detenção.
Joseph Shahbazian, outro líder cristão, recebeu inicialmente uma sentença de dez anos de prisão por acusações semelhantes, mas teve a pena reduzida para dois anos após recurso. Ele foi libertado em setembro de 2023, após mais de um ano detido em Evin.
As prisões ocorrem apesar das declarações do governo iraniano de que os cristãos armênios e assírios desfrutam de liberdade religiosa no país. No entanto, grupos de direitos humanos apontam que cristãos de origem muçulmana e falantes de persa enfrentam repressão sistemática no Irã, que ocupa a 9ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025.
O caso reforça um padrão de detenções prolongadas contra cristãos no país, frequentemente acusados de crimes contra a segurança nacional devido às suas atividades religiosas, de acordo com a Missão Portas Abertas.