O pastor David McConnell voltou aos holofotes do debate público, após mais uma vez ser vítima da intolerância religiosa produzida pelo ativismo LGBT+. Ele havia sido preso injustamente em junho de 2021 na cidade de Leeds, Inglaterra, por ter se recusado a chamar um homem biológico pelo pronome feminino.
Precisamente, David foi absolvido da acusação de incitação ao ódio e até de “terrorismo” por não ter se referido a um homem biológico que se apresenta como mulher trans, como “ela”, no feminino.
Na época, o pastor estava evangelizando ao ar livre quando se dirigiu à pessoa durante uma conversa com um policial. Além da prisão abusiva, ele foi condenado a cumprir 80 horas de serviço comunitário pelo Tribunal de Magistrados.
Antecedente de perseguição
Não é a primeira vez que David enfrenta esse tipo de acusação. Em 2019, ao ser confrontado por militantes LGBTs na rua, o pastor também foi acusado injustamente de incitar o “ódio” enquanto pregava.
Com o apoio do escritório jurídico The Christian Institute o cristão também foi absolvido da acusação e ainda ganhou uma indenização por parte do Estado no valor de £ 3.250 (equivalente a R$ 22,2 mil na época).
Na época, o juiz que deliberou sobre o caso lembrou que a liberdade de expressão contempla visões divergentes, mesmo que elas pareçam ofensivas para alguns, tendo em vista que tal percepção é subjetiva e depende, também, do modo como cada indivíduo interpreta a realidade.
“A liberdade de expressão inclui não apenas o inofensivo, mas também o irritante, o contencioso, o excêntrico, o herético, o indesejável e o provocador, desde que não tenda a provocar violência. Não vale a pena ter liberdade apenas para falar inofensivamente”, afirmou o magistrado.
Já quanto ao caso de 2021, o pastor David foi taxativo ao reiterar a sua opinião com base na realidade biológica dos sexos, lembrando ainda que não existe qualquer lei na Inglaterra que obrigue uma pessoa a se referir a outra por um gênero autodeclarado.
“Eu não estava confundindo o gênero, eu estava dizendo a verdade”, disse ele, segundo o International Christian Concern (ICC). “Acho que as pessoas podem ter ficado ofendidas, mas essa não é a intenção. Minha intenção era simplesmente permanecer fiel às minhas crenças, permanecer fiel a Deus e permanecer fiel à minha consciência”.
Preso injustamente, pregador de rua na Inglaterra vence processo e recebe indenização