Após a Colômbia legalizar a prática do aborto até a 24ª semana de gestação, o Chile é mais um pais da América do Sul que deseja oficializar a morte de bebês no útero materno como algo aceitável do ponto de vista legal, e segundo a ativista pró-vida Constanza Saavedra, a intenção é que o procedimento não tenha “qualquer limitação”.
O aborto está previsto no pré-projeto de lei que visa atualizar a Constituição chilena. O texto será votado no Parlamento em 12 de junho desse ano. Nele, está escrito que a “interrupção voluntária da gravidez” deve ser um direito constitucional para as mulheres.
Como em outros países onde a prática é legalizada, o uso da expressão “direitos reprodutivos” e de “contracepção” também têm sido amplamente empregados pelos abortistas chilenos.
O objetivo no uso desses termos, segundo grupos pró-vida, é convencer a população de que a morte da pessoa humana em seu estágio mais frágil de desenvolvimento, quando está 100% dependente da proteção da mãe, pode ser reduzida apenas a uma questão de “saúde”.
Em outras palavras, o emprego dessas narrativas visam desconstruir a ideia de que o bebê gerado no útero materno, muito embora dependa do corpo da mãe para sobreviver, não é uma mera extensão do seu corpo, mas sim uma pessoa à parte e em pleno desenvolvimento.
Isso, porque, uma vez que a pessoalidade do bebê como ser humano em desenvolvimento é desconstruída pelo emprego de expressões como “direitos contraceptivos”, o aborto passa a ser visto como uma prática de saúde, tal como a realização de uma cirurgia plástica feita por motivos estéticos.
Não por acaso, o texto que prevê a inclusão do aborto na nova Constituição chilena diz que “o Estado garante o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos (…) bem como o acesso à informação, educação, saúde e aos serviços e benefícios necessários para isso”.
Contudo, para Saavedra, do Coletivo pelas Duas Vidas, “estão aprovando normas na Convenção que não representam os sentimentos dos cidadãos. Os cidadãos realmente não sabem o que está sendo aprovado”.
Isso porque, segundo a ativista, o texto a ser votado é ainda mais grave do que parece, pois também dá margem para a prática do “aborto livre”, “sem qualquer limitação, e além disso, foram derrubadas as normas que incluem a proteção do nascituro”.
Até mesmo “a objeção de consciência pessoal e institucional também foi eliminada”, o que significa que os médicos cristãos que se recusarem a matar os bebês no útero materno, serão forçados a realizar o procedimento, independentemente dos seus valores, segundo a ACI Digital.