Jonathan (nome preservado a pedido do entrevistado), hoje com 28 anos, narrou à Revive sua trajetória de um pacto com o demônio feito na infância, até a sua libertação espiritual, através de Jesus, após mais de uma década de opressão.
Criado em uma família com histórico de conflitos e carência afetiva, ele descreveu buscar refúgio em uma figura que, em sonhos, se apresentou como “protetora”, mas que, segundo suas crenças, revelou-se um demônio.
“Comecei a me rejeitar desde cedo. Chegou um momento em que pensei que era adotado”, relatou Jonathan, detalhando que, nesse período, estabeleceu um acordo em sonho com um ser que lhe prometeu “amor, proteção e companhia constante”.
A relação, inicialmente reconfortante, teria evoluído para um pacto formalizado no mundo espiritual, incluindo, em suas palavras, um “casamento” simbólico. Por 11 anos, ele afirmou cumprir tarefas de lealdade, como tentar afastar uma colega de escola de sua fé cristã.
Confronto espiritual
O ponto de virada ocorreu durante uma tentativa de atacar a jovem, conforme Jonathan descreveu: “Quando me aproximei, seus olhos brilharam como o sol. Ela me tocou no ombro e disse: ‘Você sabia que Jesus morreu por você?’”.
A pergunta o levou a questionar suas crenças, culminando em uma experiência que atribuiu a uma intervenção divina.
Em seguida, ao ouvir acidentalmente um louvor cristão enquanto pedalava de bicicleta, Jonathan afirmou ter sentido “silêncio mental” durante a música, que citava a morte de Jesus por ele. “Caí de joelhos e perguntei: ‘Senhor, Jesus morreu por mim?’. Deus respondeu: ‘Sim, e se necessário, morreria mil vezes por você’”, declarou.
Recuperação
Após o batismo, realizado no mesmo domingo da suposta revelação, Jonathan iniciou terapia com um psicólogo cristão. “Em um ano, me recuperei de forma sobrenatural. Depois de 12 anos de depressão, posso ser feliz”, disse.
Ele relatou ainda manter percepções espirituais, como ver “anjos e demônios”, mas agora as interpreta como “ferramentas para ajudar outros”.
Sobre seu presente, afirmou: “Cada escolha que faço, eu oro. Estou constantemente conversando com o Senhor, e Ele me responde”.
“Ainda vejo o espiritual. Um pouco menos, mas vejo. Quando as pessoas estão presas, consigo ver. Deus me mostra visões de pessoas que não conheço, mas que Ele quer alcançar. Vejo anjos. Vejo demônio. Mas, agora que sei como lidar com isso de forma responsável, vejo isso como uma bênção”, concluiu ele.
O relato, compartilhado nas redes sociais, gerou debates sobre experiências religiosas e saúde mental. Especialistas consultados pela reportagem reforçam a importância de acompanhamento psicológico aliado a crenças pessoais, sem estabelecer relações de causa e efeito.
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