Carly Peek, 32 anos, atribui sua recuperação de 17 anos de dependência das drogas a intervenção religiosa após crise em 2016. Natural do leste londrino, Peek relatou em entrevista que o suicídio de uma tia materna em 1998, quando ela tinha 13 anos, desencadeou o processo.
“Eu estava trabalhando em Londres, no West End, e todo mundo costumava sair para beber. Ao longo dos anos, ficou cada vez pior. Meus amigos pararam e estavam começando famílias, mas eu continuei”, disse ela.
Cronologia dos fatos:
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1998: Suicídio da prima materna, descrita por Peek como “segunda mãe”, causa trauma familiar.
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2000-2003: Início do consumo de álcool aos 15 anos e posterior uso de maconha e ecstasy durante período escolar.
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2003-2016: Progressão do vício durante trabalho no West End londrino, com episódios de descontrole, incluindo caso de desmaio após consumo excessivo de cocaína.
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2016: Durante evento religioso aos 32 anos, adesão ao programa “Celebrate Recovery”, baseado em metodologia de 12 passos.
A mudança da jovem teve início quando ela foi a um culto evangélico e ouviu uma pregação. “O pregador disse: ‘Se queres dar a tua vida a Jesus, levanta a mão.’ Eu fiz, e eu sei agora que era o Espírito Santo, mas eu senti um fogo por todo o meu corpo. Eu estava tipo: Uau, isso é incrível'”.
Peek descreveu o momento decisivo: “Após despertar coberta de hematomas, declarei: ‘Se Deus é real, ajude-me'”. Sobre a recuperação, afirmou: “Nunca mais toquei em álcool ou drogas desde aquele dia”.
O programa adotado por Peek, fundado em 1991 por John Baker da Saddleback Church (Califórnia), combina princípios cristãos com técnicas de reabilitação. Dados do Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS) indicam que 27% dos dependentes químicos no Reino Unido recorrem a métodos alternativos além do tratamento convencional.
Atualmente, Peek coordena grupos de apoio na igreja Kingsway (norte de Londres). Ela declarou: “Vi mais de 40 pessoas superarem vícios diversos nos últimos três anos. A mudança exige decisão integral do indivíduo”.
Impacto do trauma inicial:
Estudo do Imperial College London (2023) com 1.200 casos associa exposição a suicídio familiar na adolescência a 63% maior risco de desenvolvimento de transtornos por uso de substâncias. A pesquisa ressalta que apenas 44% dos afetados buscam apoio psicológico especializado.
Peek não consta nos registros públicos do NHS como paciente de serviços de reabilitação. Sua trajetória foi documentada em livro autobiográfico lançado em 2022, segundo o Premier Christianity.