A Bíblia Sagrada é um dos livros listados como parte de obras que não deveriam ser lidas, segundo a revista progressista norte-americana GQ (a versão brasileira é publicada pela Editora Globo).
Os editores da GQ (Gentlemen’s Quarterly) publicaram uma matéria na última semana com uma lista de livros que desaconselham a leitura. Os motivos, segundo os pretensos curadores do conhecimento, são que os títulos da lista não são relevantes como se alegou ao longo dos anos.
“Percebemos que nem todos os grandes livros envelheceram bem, alguns são racistas e outros são sexistas, mas a maioria são realmente chatos“, aponta o artigo.
Jesse Ball, poeta e escritor, comentou a Bíblia para o artigo, afirmando que ela é “altamente valorizada por pessoas que supostamente vivem de acordo com seus princípios, mas muitas delas nunca realmente a leram”.
“Aqueles que fizeram isso, sabem que ela é repetitiva, contradiz a si mesma, é crítica, boba e às vezes até mal-intencionada”, enfatiza Ball, que sugeriu a leitura do livro The Great Notebook, escrito pela húngara Agota Kristof, que narra uma história de dois irmãos durante a Segunda Guerra Mundial.
Além da Bíblia, a lista inclui livros como O Senhor dos Anéis, do escritor cristão J. R. R. Tolkien, O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway; Drácula, de Bram Stoker; As Aventuras de Huckleberry Finn, por Mark Twain; entre outros mundialmente conhecidos.
O pastor Franklin Graham rebateu as alegações dos editores da GQ, afirmando que eles não têm como explicar por que a Bíblia é o livro mais vendido e mais amplamente distribuído no mundo, já que cálculos recentes estimam que, desde 1815, “mais de 5 bilhões de exemplares foram vendidos”.
“Talvez os editores da GQ precisem lê-la novamente”, resumiu o pastor.