A psicóloga Marisa Lobo, especialista em Direitos Humanos e presidente do movimento Pró-Mulher, emitiu análise crítica sobre o caso de um britânico que simulou um “casamento” com uma menina de 9 anos na Disneyland Paris, seguido por encenação em Londres.
O fato ocorreu em junho de 2025, envolvendo um foragido por crimes sexuais, sem intervenção das autoridades europeias durante os atos públicos.
Principais alertas:
Banalização do abuso:
“Encenações públicas que associam crianças a rituais de conotação pedófila, sob pretexto de ‘performance artística’, naturalizam violências simbólicas”, afirmou Lobo. Ela destacou que a escolha da Disney – ícone do universo infantil – reforça “fantasias de domínio adulto sobre a vulnerabilidade infantil”.
Impactos psicológicos:
Baseada em neurociência e psicologia, Lobo ressaltou que tais exposições geram “marcas cerebrais e emocionais permanentes”, podendo desencadear transtorno de estresse pós-traumático, depressão e distúrbios de identidade. “O cérebro infantil não está preparado para inversões de papel onde a criança é tratada como parceira de adulto”, explicou.
Limites da liberdade de expressão:
“A liberdade jamais justifica perversão ou sexualização da infância”, declarou, criticando a “relativização ética” que transforma abusos em “provocações estéticas”. Lembrou que a Declaração dos Direitos da Criança (ONU) e o ECA brasileiro garantem proteção integral aos menores.
Falhas sistêmicas:
O fato de o autor ser foragido por crimes sexuais evidencia, segundo Lobo, “fragilidade nos mecanismos de monitoramento”. Ela cobrou: “Como um criminoso conhecido realiza atos públicos sem impedimento?”
Chamado à ação:
Lobo defendeu:
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Fortalecimento de sistemas de denúncia;
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Educação de famílias, escolas e comunidades para reconhecer violações simbólicas;
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Rejeição social imediata a quaisquer narrativas que normalizem abusos.
Marisa Lobo é psicóloga clínica há 22 anos, com especialização em Direitos Humanos e políticas públicas para infância. Preside o movimento Pró-Mulher e é autora de obras como “Famílias em Perigo” (2018), “A Ideologia de Gênero na Educação” (2016) e “Por que as pessoas Mentem?” (2013). Atua como consultora em casos de violência contra menores e desenvolve projetos de proteção infantil em comunidades religiosas.
Lobo encerrou sua reflexão citando Mateus 18:6 – “Melhor lhe fora pendurar uma pedra de moinho no pescoço e ser lançado ao mar do que fazer tropeçar um pequenino” –, reforçando que “proteger a inocência infantil é dever coletivo”. O caso permanece sob investigação das polícias francesa e britânica. Com: Guiame