Os textos da carta do apóstolo Paulo aos Romanos têm sido o fato em comum em casos que a militância LGBT ou a patrulha do politicamente correto reage de maneira agressiva. Um evangelista que pregava em Londres sofreu uma tentativa de intimidação por 14 policiais, mas manteve sua postura.
O reverendo Peter Simpson, da Igreja Metodista Penn Free, publicou um artigo relatando que no dia 20 de agosto, 14 policiais o cercaram e confrontaram enquanto pregava na cidade de Uxbridge, na Inglaterra.
Os policiais o acusaram de usar “linguagem homofóbica” durante uma pregação de aproximadamente 20 minutos, quando ele reprovou a “imoralidade do aborto” e defendeu “o ensino bíblico de que o casamento só pode ser entre um homem e uma mulher”.
Na mesma pregação, ele citou o versículo 23 de Romanos 3 – “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” – e acrescentou que aquela mensagem se dirigia aos “corações pecaminosos de todos os homens”.
“Fiz uma breve referência. [Eles] vieram até mim e disseram que ‘várias reclamações’ foram recebidas sobre ‘discurso de ódio’”, contou o pastor, dizendo que inicialmente foi abordado por dois policiais, e em questão de minutos, estava cercado por 14 homens.
De acordo com informações do portal The Christian Post, Simpson afirmou que os policiais deram-lhe a impressão de que seria preso se se recusasse a parar de pregar e se retirar do local.
“Cumpri relutantemente. Sugeri a um dos policiais que eles estavam atuando como juiz e júri, em vez de tentar fazer investigações”, acrescentou o pastor.
Prisão
Do lado da polícia, o porta-voz da corporação emitiu um comunicado dizendo que os policiais “receberam reclamações de que um homem que pregava no local estava usando uma linguagem homofóbica”.
“Os policiais compareceram, falaram com o homem e deram conselhos”, disse o porta-voz. “Nenhuma prisão foi feita”, minimizou.
A alegação da Polícia de que “nenhuma prisão foi feita” no episódio envolvendo o pastor Simpson não se aplica ao caso do pastor John Sherwood, em abril, que pregava em frente à estação de metrô Uxbridge sobre o tema de Gênesis 1.
Sherwood, que estava acompanhado de Simpson na ocasião, disse que Deus projetou famílias para terem uma mãe e um pai, não dois do mesmo sexo.
“Eu respondi que a polícia não teria qualquer objeção a uma parada gay sendo realizada em Uxbridge, mas seria altamente ofensivo para os cristãos que crêem na Bíblia. O oficial não pareceu apreciar a lógica por trás desse argumento”, avaliou Simpson.
A prisão de Sherwood transpareceu sob a suspeita de um crime sob a Seção 5 da Lei de Ordem Pública por “supostamente fazer comentários homofóbicos”.
Sherwood foi levado à delegacia onde foi posteriormente libertado sem acusação, mas um registro do caso foi encaminhado ao Crown Prosecution Service (espécie de Ministério Público britânico), o que significa que outras ações podem ser tomadas posteriormente.