“The Jesus I know would be dressed in full drag.” The enlightened clergy have no problem with a state-established religion. pic.twitter.com/tMMxKCLT8G
— Sidewalk Steve (@Sidewalk_Steve) February 13, 2025
Uma “pastora” ativista de esquerda afirmou que Jesus se vestiria de drag queen para defender sua ideologia progressista. A declaração ocorreu durante uma votação sobre políticas pró-LGBT em uma cidade dos Estados Unidos.
Em 12 de fevereiro de 2025, durante uma reunião do Conselho Municipal de Worcester, Massachusetts (EUA), uma série de declarações controversas e tensas ocorreu antes da votação que designou a cidade como um “santuário para pessoas transgênero e de gênero diverso”.
A medida foi aprovada por 9 votos a 2 e visa garantir que a cidade se recuse a cooperar com políticas federais ou estaduais que possam prejudicar indivíduos transgêneros, garantindo também acesso sem discriminação a cuidados de saúde, moradia, educação e emprego.
A resolução gerou reações mistas, com cerca de 200 pessoas comparecendo para apoiar a medida.
Entre os apoiadores, esteve Julie Payne-Britton, pastora da Hadwen Park Congregational Church, uma instituição afiliada à United Church of Christ. Durante seu discurso, Payne-Britton, que se identifica como uma lésbica cisgênero e deficiente, afirmou que Jesus, se estivesse presente, estaria “vestido de drag queen“, sugerindo uma visão inclusiva e não binária de Jesus.
“O Jesus que eu conheço estaria neste microfone com uma voz trêmula e um corpo trêmulo, gritando, ‘torne esta cidade segura para meu filho’”, afirmou a pastora.
Em contraste, a reunião também foi marcada por declarações de ativistas que expressaram preocupações com as políticas do governo federal. Entre eles, um orador que se identificou como “Dee Dee Delight” e vestia-se de mulher, criticou a ordem executiva do presidente Donald Trump que limita o reconhecimento legal a apenas dois sexos, masculino e feminino.
“Se você acha que tem medo de Trump, deveria ver o quanto tenho medo de Trump”, declarou Dee Dee Delight, mencionando o temor diante das políticas que afetam a comunidade transgênero.
Outro momento tenso ocorreu quando um ativista em uma peruca aparentemente fez uma ameaça velada ao conselho municipal. Ele declarou: “Se você diz que tem medo de Trump e é por isso que não quer que a cidade seja um espaço seguro para pessoas [trans], é melhor se preparar para que as pessoas [trans] tornem este um espaço muito inseguro”. Esta declaração foi recebida com preocupação por alguns presentes na reunião.
Além disso, um ativista de pele negra alertou o conselho sobre a força da comunidade transgênero, dizendo que pessoas transgênero “fortes e queer” iriam “conquistar” o conselho rapidamente, enquanto outros manifestantes expressaram frustração com o tratamento de minorias e a comparação com ações autoritárias, como os nazistas queimando livros de ciência de gênero.
Esses eventos ocorreram no contexto das recentes políticas do governo Trump, que visam limitar o reconhecimento de identidades transgênero e proibir operações médicas trans para menores de 19 anos. O ex-presidente também prometeu, durante sua campanha de reeleição, trabalhar para impedir procedimentos de transição para jovens, declarando que buscaria uma legislação para proibir a “mutilação infantil” em todos os estados.
A votação final do conselho, que designou Worcester como cidade santuário, foi acompanhada de fortes emoções e divergências, refletindo a crescente polarização sobre questões de identidade de gênero e direitos transgêneros nos Estados Unidos, de acordo com informações do portal The Christian Post.