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Assis Júnior, hoje com 25 anos e estudante do último ano de Medicina na Universidade Federal de Catalão (UFCAT), em Goiás, atribui sua trajetória acadêmica a uma combinação de disciplina, oração e um gesto simbólico incentivado por sua mãe, Neiva, falecida em 2021.
A história, compartilhada por ele nas redes sociais, ganhou atenção ao detalhar como rituais de fé o guiaram até a aprovação no vestibular.
Em março de 2017, Neiva presenteou o filho com um jaleco branco bordado com seu nome, mesmo antes de ele ingressar na faculdade.
“Ela me ensinou a vesti-lo e orar todos os dias, como um ato profético. No início, achei loucura, mas entendi que, assim como Moisés estendeu a mão para abrir o mar, eu precisava agir em fé”, relatou Assis em publicação no Instagram.
Estudos e orações
Durante dois anos, o jovem seguiu o conselho da mãe: vestia o jaleco diariamente e dedicava horas à oração em um quarto preparado para esse fim, além de estudar para o vestibular.
“Agia como se já fosse médico, mas sabia que precisava equilibrar a espiritualidade com esforço”, explicou. Seu pai, que preferiu não ser identificado, descreveu cenas emocionantes: “Vivia vê-lo ajoelhado, de jaleco, implorando a Deus. Eu pensava: ‘Senhor, tenha misericórdia’. Mas nunca duvidei — ele já profetizava o curso na vida dele”.
Em 2019, Assis foi aprovado na UFCAT, um dos cursos mais concorridos do país. A vitória, no entanto, foi seguida por uma perda: Neiva morreu em 2021, aos 43 anos, vítima de um Acidente Vascular Encefálico (AVE). “Ela não viu o jaleco de verdade, mas deixou um legado. A glória sempre será de Deus”, escreveu o estudante, que mantém o hábito de publicar mensagens de gratidão e incentivo a outros vestibulandos.
Legado
Atualmente, Assis utiliza suas redes sociais para compartilhar sua rotina acadêmica e testemunhos de fé. Em vídeos, mostra o jaleco presenteado pela mãe e relata como o ritual o ajudou a enfrentar desafios, como o luto e a pressão do curso. “Fé não substitui estudo, mas dá sentido à jornada”, afirmou em uma live recente.
A história reacende discussões sobre o papel de práticas espirituais em processos de conquista pessoal. Para seguidores, o relato ilustra a fusão entre determinação humana e crença religiosa.
Especialistas em educação, porém, ressaltam a importância de políticas públicas que ampliem o acesso ao ensino superior, independentemente de contextos individuais.
Assis, que está próximo de finalizar a sua graduação em medicina, planeja especializar-se em cardiologia, área que considera uma forma de “honrar a mãe e salvar vidas, como ela salvou a minha com sua fé”.