Craque, que jamais imaginou ser o número 1 do mundo, conta as suas lembranças no Monumento do Futebol.
O melhor jogador do mundo em 2007, que teve nesta terça-feira a sua marca registrada na Calçada da Fama do Maracanã, deu o primeiro chute em uma bola aos oito anos, em São Paulo. Antes, quando morou em Brasília, onde nasceu, o futebol não passava pelas suas brincadeiras de criança.
Dos primeiros chutes até chegar às divisões de base do São Paulo, Kaká traçou objetivos simples na carreira, como simples diz ser a maneira como joga futebol – sem dribles ou jogadas de exibição, tendo como o único objetivo chegar ao gol adversário.
– Jamais pensei em chegar a esse nível, ser o número 1 do mundo, não ficava planejando ser um ídolo no futebol, uma pessoa que tem o seu talento reconhecido. Primeiro, queria ser titular no São Paulo, depois chegar à Seleção e aí me transferir para a Europa. Consegui muito mais do que isso, mas sem forçar nada, tudo aconteceu naturalmente.
Um versículo bíblico orienta a trajetória de Kaká na vida e na carreira: “Deus tem muito mais do que nós pedimos ou pensamos”.
Desse jeito, norteado pela sua crença, mas também procurando se aperfeiçoar à custa de muito treinamento, Kaká não só se tornou o maior jogador do mundo como tem hoje na Seleção Brasileira uma importância e peso decisivo reconhecidos quase à unanimidade. Sobre a maneira de jogar, a explicação.
– Sempre tive facilidade no arranque, que é minha característica. Como acho que o futebol é simples, quando pego a bola tento buscar o gol e a melhor maneira de chegar ao objetivo.
A Seleção Brasileira é um capítulo especial na história de paixão que Kaká tem pelo futebol. Na contramão dos que pensam que, por serem famosos e realizados, os jogadores que atuam na Europa vestem a camisa amarela como se fosse uma mera obrigação, Kaká afirma que é muito mais do que uma questão de dinheiro. É de fato um prazer que milhares de garotos cultivam desde que vão pela primeira vez para o campo.
– Não se trata de dinheiro, mas de um sentimento de orgulho. Não somos um exército, no sentido de ser a pátria de chuteiras, mas me sinto orgulhoso de defender o meu país quando entro em campo com a Seleção.
O futebol e a Seleção Brasileira se misturam no sentimento que Kaká diz ser o de todos os jogadores que se reúnem com a camisa amarela.
– Pode perguntar para qualquer um que está aqui, todos vão dizer que pagariam para jogar futebol e estar na Seleção. Eu pagaria para ser jogador de futebol, porque é a minha paixão. Claro que, depois, com o seu talento, você faz dele uma profissão, e se torna bem remunerado. Mas a paixão permanece.
As lembranças do Maracanã em que foi eternizado como craque
Kaká diz que o Maracanã é conhecido no mundo inteiro. Por onde passa, quando se fala do Brasil, as pessoas se referem ao estádio. Do “Monumento do Esporte”, que é como Kaká o definiu, a primeira lembrança que tem é de ter acompanhado ainda criança, pela televisão, os jogos da Seleção Brasileira. Depois, como jogador do São Paulo, enfrentou Botafogo, Fluminense e Flamengo, contra quem marcou um gol.
As recordações mais prazerosas foram mesmo os dois gols que fez na goleada de 5 a 0 sobre o Equador, no dia 17 de outubro do ano passado.
Como tudo o que aconteceu na sua vida, em que as coisas não são previamente planejadas, a homenagem que recebeu no Maracanã o deixou surpreso, mas feliz por ter seu nome inscrito em uma galeria de craques que fizeram história no futebol.
– O Maracanã é um símbolo do futebol, que tem a sua existência ligada à Seleção e ao futebol brasileiro.
Fonte: CBF News
Via: Capital News