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A abertura da primeira instituição satanista do Nordeste, em Fortaleza (CE), tem provocado reações entre os moradores da capital cearense. O templo conhecido como “Igreja de Lúcifer” realiza rituais de quimbanda, missas negras de alta magia e cultos ao diabo, opera há um ano no bairro Benfica, sob a liderança do sacerdote-bruxo Paulo Padilha.
Nas redes sociais, a chamada “Igreja de Lúcifer” publicou convites para que interessados se tornem membros, prometendo benefícios em amarrações amorosas. A divulgação gerou discussões, com usuários questionando as implicações espirituais e morais das práticas anunciadas.
“Amarrações amorosas? Onde isso é saudável? No mínimo as consequências são adultério, divórcio por adultério e as motivações são invejas e o amor deturpado!”, escreveu uma usuária. Outra internauta comentou: “Jesus está voltando, os sinais estão claros”.
Uso do termo “Igreja”
A polêmica se estende ao uso da palavra “Igreja” para descrever templos satanistas e de religiões de matriz africana. Em janeiro de 2025, um templo denominado “Igreja da Pombagira” foi inaugurado em Porto Alegre (RS), gerando reações semelhantes.
Críticos apontam que a designação “Igreja” se refere tradicionalmente a instituições cristãs, abrangendo igrejas evangélicas, católicas, protestantes e do cristianismo oriental. “Igreja só existe a que Jesus nos deixou”, comentou um usuário em publicação sobre o templo. Outra seguidora afirmou: “Deus está mostrando as obras de Satanás que antes vivia oculta, estamos vivendo os últimos dias aqui na terra”.
Reação de líderes cristãos
O crescimento de instituições satanistas no Brasil tem sido observado por líderes religiosos. O pastor João Antônio de Souza Filho minimizou a influência dessas organizações sobre a Igreja.
“Não vai afetar em nada a Igreja. É só mais uma presença dele aqui no nosso estado”, declarou o pastor, referindo-se à inauguração de uma estátua de Lúcifer em Gravataí (RS).
Ele citou o exemplo de São Francisco, na Califórnia (EUA), onde foi fundada a Igreja de Satanás, afirmando que, apesar da presença do ocultismo, a Igreja cristã continuou ativa na região.
“Vamos sofrer fortes opressões espirituais, mas maior é aquele que está conosco do que aquele que está no mundo”, disse o pastor. “Isso vai levar a Igreja a orar mais, a buscar mais a Deus, a jejuar e a afiar a sua espada contra as forças inimigas”.