Por volta das 20h30 do último domingo (4), um homem não identificado tentou invadir uma igreja evangélica durante um culto. O porteiro, cujo nome não foi divulgado, abordou o indivíduo na entrada. Após breve diálogo, o suspeito sacou uma faca e desferiu um golpe no abdômen da vítima, fugindo em seguida.
O porteiro foi socorrido por fiéis e encaminhado ao Hospital Municipal de Carapicuíba, onde passou por cirurgia. Seu estado de saúde é estável.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar motivações e identificar o agressor. Imagens das câmeras de segurança estão sendo analisadas, e o Disque Denúncia (181) recebe informações anônimas sobre o paradeiro do suspeito, descrito como homem entre 25 e 30 anos, vestindo calça jeans e camisa escura.
Outro ataque
Na segunda-feira (6), por volta das 15h, um homem de aproximadamente 28 anos adentrou a Congregação Cristã do Brasil sob o pretexto de pedir água. Na ocasião, voluntários realizavam reformas no local, e jovens do coral ensaiavam no interior. O suspeito afirmou ser um colaborador da obra e permaneceu no pátio.
Minutos depois, agrediu um adolescente de 14 anos que havia saído para beber água. Dois pedreiros intervieram e também foram atacados com uma faca. Membros da igreja contiveram o agressor até a chegada da Polícia Militar, que o prendeu em flagrante.
Feridos:
As três vítimas foram hospitalizadas com ferimentos não letais. O adolescente recebeu alta no mesmo dia; os adultos permanecem em observação.
Declarações
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Delegado Responsável (Carapicuíba): “Estamos cruzando imagens de câmeras de segurança da região e buscando testemunhas. A princípio, não há indícios de motivação religiosa, mas todas as linhas são investigadas.”
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Pastor Lucimar Mello (Osasco): “Agradecemos a Deus pela proteção. A igreja seguirá com atividades, mas reforçaremos a segurança.”
Os casos ocorreram em um intervalo de 48 horas e reacenderam debates sobre a vulnerabilidade de templos religiosos. Segundo o sociólogo Rafael Costa, pesquisador em segurança urbana, “a combinação de fatores como crise socioeconômica e facilidade de acesso a armas brancas pode explicar parte desses episódios, mas cada caso exige análise específica”.
Em Carapicuíba, a Polícia Civil aguarda laudos periciais e busca reconhecer o suspeito por meio de reconhecimento facial, enquanto em Osasco o agressor preso em flagrante responderá por lesão corporal e porte ilegal de arma. A motivação do crime será investigada durante o processo. Com: Correio Paulista.