Uma decisão do governo dos Estados Unidos repercutiu na mídia internacional, após o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, informar que seu país não exibirá a bandeira LGBT em suas embaixadas, durante o mês de junho, período também conhecido como o “mês do orgulho gay”.
A informação foi divulgada na última segunda-feira pelo Departamento de Estado do governo, gerando a crítica de grupos LGBT e também de apoiadores do movimento homossexual, os quais chamaram a decisão de um “ataque descarado” contra a população de gays, lésbicas, transexuais e travestis.
“Em um momento no qual as comunidades LGTBQ são perseguidas em todo o mundo, esta decisão do departamento de Estado é um ataque descarado contra os direitos LGTBI”, disse o senador democrata Ed Markey.
Mike Pompeo é evangélico e conhecido, também, por se posicionar em defesa dos valores cristãos. Segundo informações do G1, ele já afirmou que reconhece o casamento apenas entre um homem e uma mulher, rejeitando, portanto, a tentativa do ativismo LGBT de normatizar a união entre pessoas do mesmo sexo.
Todavia, a porta-voz do departamento de Estado, Morgan Ortagus, sugeriu que a posição do governo não é um desrespeito ao público LGBT, e que os simpatizantes do movimento poderiam exibir a “bandeira do orgulho gay” em outros locais, visto que a embaixada representa a posição oficial do Estado Americano.
“O secretário considera que no mastro (das embaixadas) deve tremular apenas a bandeira americana”, revelou a porta-voz, lembrando que “o atual mês do orgulho gay é celebrado em todo o mundo por muitos funcionários do departamento de Estado”.
A decisão do atual governo dos Estados Unidos contrasta com a do seu antecessor, Barack Obama, que além de permitir a exibição da bandeira LGBT nas suas embaixadas, também iluminou a Casa Branca com às cores do arco-íris, símbolo do movimento homossexual, quando a Suprema Corte do país autorizou a união homoafetiva em 2015.