Um ataque brutal do Estado Islâmico resultou na morte de 40 cristãos na República Democrática do Congo, um dos países mais hostis aos seguidores de Jesus Cristo em toda a África. Dias depois, outros 22 fiéis foram mortos da mesma forma.
O atentado em um vilarejo no estado de Kivu do Norte deixou um rastro de destruição e 45 mortes, sendo que 40 do total de vítimas eram fiéis: “Matamos os cristãos com armas e facas e destruímos as propriedades deles na vila de Mukondi”, disseram os extremistas em um pronunciamento no dia 09 de março.
De acordo com informações da Missão Portas Abertas, fotos das casas em chamas foram compartilhadas por outras agências de mídia, confirmando o atentado. O braço do Estado Islâmico no Congo é um grupo terrorista chamado Forças Aliadas Democráticas (ADF, na sigla em inglês).
Nos últimos dois anos esses grupos extremistas islâmicos formaram uma parceria sangrenta, e em 2023 a ação terrorista vem se intensificando. No dia 11 de março, outra ação no mesmo estado resultou em outras 22 mortes de cristãos. Os alvos foram uma clínica de saúde, um hospital e um hotel.
“Outros ataques recentes resultaram em igrejas bombardeadas, propriedades cristãs, como hospitais, destruídos e um número crescente de cristãos mortos e de deslocados internos”, diz a nota da Portas Abertas.
A entidade cristã de incentivo missionário e monitoramento da perseguição religiosa classifica a República Democrática do Congo como o 37° país, dentre 50, mais hostil a cristãos. O documento Lista Mundial de Perseguição é atualizado anualmente.
“O Leste do país é uma região perigosa para os cristãos. Grupos rebeldes estão disputando o controle da região. Um deles é o grupo extremista islâmico ADF, que realizou ataques públicos e brutais contra comunidades e igrejas cristãs. Os cristãos que vivem nessa região estão sob constante ameaça de sequestros e ataques violentos. O grupo ADF sequestra e violenta sexualmente mulheres e as subjuga a casamentos forçados com soldados da milícia. Dessa forma, eles mantêm as cristãs como um tipo de “troféu” que exibe o poder e a vitória do grupo”, resumiu a nota da entidade.